O governo espera concluir com a maior brevidade possível as negociações com a concessionária dos transportes marítimos CV Interilhas por forma a reforçar as ligações entre as ilhas. O Primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, fez esta declaração em São Vicente ontem, dia integralmente dedicado à economia marítima com visitas a várias empresas pública e privadas.
O chefe do Governo, que também acompanhou as obras do Terminal de Cruzeiros que deverá ficar concluído em janeiro de 2024, garantiu que o processo negocial está em curso e deverá ser fechado assim que todas as condições estiveram criadas. Sobre o Terminal de Cruzeiros, Correia e Silva afirmou que o executivo “está a colocar muita expectativa neste empreendimento que também irá posicionar S. Vicente no segmento do turismo de Cruzeiro, com um valor acrescentado maior daquilo que existe actualmente”.
O PM dedicou o período de manhã de ontem à aqualcutura, com deslocações à Flamengo e ao Calhau, onde pôde inteirar-se dos investimentos da Nortuna, a empresa norueguesa que dentro de ano e meio pretende começar a exportar o atum rabilho para a Europa, e à Fazenda de Camarão que produz para o mercado nacional. “O impacto económico quando a Nortuna entrar em actividade de produção normal será grande para o país, a nível da exportação, do emprego que irá criar e no acesso a mercados”, referiu, conforme uma publicação na página do Governo.
“Estes dois projectos são um incentivo para que mais investimentos do tipo apareçam nesta área da Aquacultura, e com procura interessante, principalmente para a exportação”, assegurou Ulisses Correia e Silva, acrescentando que essas empresas “ajudam a nossa economia, no equilíbrio da balança de pagamentos e criam emprego”.
No período de tarde, o Chefe do Governo esteve na Cabnave e ouviu do Conselho de Administração os constrangimentos por que passa a empresa e prometeu acção imediata: “para já, vamos regularizar uma dívida do Estado para com a Cabnave, porque ela é importante para a sustentabilidade financeira da empresa”, prometeu avançando que “já se encontra em curso o lançamento de um estudo para a reestruturação e modernização da Cabnave”.
O mesmo estudo irá beneficiar também a Onave, uma empresa mais pequena, orientada para reparação de embarcações de pescas e de recreio, mas que também necessita de investimentos e reestruturação.