A candidatura de Flávio Lima estranhou a atitude de Armindo “Batcha” Gomes de denunciar numa entrevista ao Mindelinsite um suposto conluio entre ele e o candidato Vander Gomes para a escolha do presidente da Comissão Política Concelhia do MpD em S. Vicente, quando ainda faltava apurar os dados definitivos da assembleia electiva do dia 3 de abril. No entendimento de Flávio Lima, essa decisão foi precipitada e pouco inteligente, “ainda por cima vinda de um candidato cujo slogan foi unir para novos embates”. “Acabou por demonstrar uma imaturidade política e emocional, tudo o que não se espera de quem, à partida, deve liderar o partido na ilha de S. Vicente”, enfatiza Lima.
Entretanto, no entender do líder da bancada do MpD na Assembleia Municipal de S. Vicente, a votação dos militantes foi clara e não deixa margem para dúvidas, pois obriga as três candidaturas a negociar e a estabelecer pactos e consensos para equilíbrios e actuações concertadas. E, seguindo essa lógica, lembra que os actuais Estatutos do partido estabelecem que a Comissão Política Concelhia deve ser eleita na primeira reunião magna da assembleia.
“Não há e nem pode haver lugar a conluios ou interesses escusos de nenhuma candidatura em subverter os Estatudos do MpD, actalizados na Convenção de 2017, onde houve a parlamentarização da Assembleia Política Concelhia, pelo que a Comissão Política Concelhia deve ser eleita na primeira reunião magna deste órgão de base do partido, denominada sessão de instalação da assembleia e da comissão política”, sublinha Flávio Lima, o candidato menos votado em S. Vicente.
Questionado se isso significa que há a possibilidade de o presidente da Comissão Política ser outro candidato, que não Armindo Gomes, enquanto vencedor do escrutínio interno, Lima, evitou assumir a existência desse cenário. Assegurou, entretanto, que está aberto ao diálogo e entendimentos que se revelarem necessários. Enfatizou ainda que qualquer interesse de grupo ou grupos de interesse que se pretenda instalar, negligenciando os demais concorrentes, estará a prestar um mau serviço à democracia.
Segundo Lima, a sua plataforma eleitoral é clara, pois quer um partido forte, dialogante, interventivo, que escute a sociedade e converta tudo isso em políticas para o bem comum. Para ele, o momento é de serenidade, pelo que a sua equipa estará a aguardar o contacto de outras candidaturas para o entendimento necessário.