Um marroquino e um cabo-verdiano foram detidos esta quarta-feira à noite no aeroporto internacional Cesária Évora, o primeiro por suposta “ameaça” de bomba, o segundo por suspeita de posse de arma de fogo. Os incidentes, que não parecem ter ligação entre si, aconteceram quando os dois indivíduos estavam na área de inspecção para a sala de embarque num voo com destino à cidade da Praia, mas separados. Conforme apurou o Mindelinsite, nos dois casos a máquina detectou a presença de objectos metálicos e deu o alerta. Ao ser abordado sobre a situação, o marroquino terá dito ou deixado entender que transportava consigo uma bomba. Por sua vez, o cabo-verdiano disse “a brincar” que tinha consigo uma arma.
As duas situações foram encaradas com a devida seriedade pelos serviços de segurança, que accionaram a Polícia Nacional, a Polícia Judiciária e as Forças Armadas. Fontes policiais asseguram que os suspeitos foram detidos e as suas malas revistadas. Levados para interrogatório, as autoridades acabaram por averiguar que tudo não passou de brincadeira. Mesmo assim deverão responder pelo crime de atentado à segurança aeroportuária, condenado por uma moldura de 1 a 5 anos de prisão.
Conforme dados apurados por este jornal, o marroquino estaria com uma bomba de ar para asmáticos, enquanto o cabo-verdiano tinha apenas um objecto metálico na sua calça e que apitava sempre que passava pelo scanner. Este ao ser questionado se tinha algo consigo terá dito, em jeito de brincadeira, que tinha uma arma consigo. Só que as autoridades não acharam graça a essa piada e acabaram por dete-lo para averiguação.
No caso do marroquino, este parecia estar meio embriagado, mas fonte deste jornal assegura que isso não deverá minimizar a sua responsabilidade. Aliás, esse caso foi levado tão a sério que foi logo accionado o plano de segurança aeroportuária. Como apurou este online, nessas situações, as autoridades aeroportuárias, militares e policiais agem com base no pressuposto de que a ameaça é verdadeira.
No caso em apreço, ficou evidente que se tratava de dois falsos alarmes. No entanto, os envolvidos foram entregues à Polícia Judiciária para identificação, enquanto entidade vocacionada para combater o terrorismo, e presentes a um juiz. Estes podem ser acusados de atentado à segurança aeroportuária e incorrer a uma pena de um a cinco anos de prisão. É que, conforme estabelece o Código de Segurança Aeronáutica, nessas situações, uma informação falsa é considerada um acto ilícito.
Devido a esse episódio, os envolvidos foram identificados e consta que os seus nomes acabaram na lista negra da companhia Binter, pelo que estão agora com sérias dificuldades em sair da ilha de S. Vicente, pela via aérea.