O ex-director financeiro do Banco da Cultura foi detido esta terça-feira fora de flagrante delito pela secção central de investigação de crimes económicos e financeiros da Polícia Judiciária, na cidade da Praia. A PJ cumpriu um mandado do Ministério Público para prender o suspeito, que está a ser indiciado da prática dos crimes de burla qualificada, falsificação de documentos e peculato. Esta prisão acontece exactamente dois anos após a ordem de detenção contra Carlos Horta, ex-gestor do Banco da Cultura, e da Secretária do Fundo Autónomo de Apoio à Cultura emitida a 4 de Janeiro de 2018, por suspeita da prática de crimes de infidelidade, falsificação de documentos e peculato.
A Judiciária, que não avança o nome do ex-director financeiro, informa em nota de imprensa que o suspeito terá agido com a ajuda do então PCA e da Secretária e que arquitectaram oum plano para se apropriarem ilegitimamente de dinheiro público através de artifícios fraudulentos. Estes terão financiado projectos fictícios entre Setembro e Outubro de 2016, como determinou uma investigação feita na sequência do relatório de auditoria financeira elaborado pelo Ministério das Finanças.
O ex-director financeiro foi presente na tarde desta terça-feira ao Tribunal da Comarca da Praia para efeito do primeiro interrogatório judicial de arguido detido e aplicação de medidas de coação pessoal.