Cândido Rodrigues, ex-Deputado e antigo Coordenador do MpD nos Estados Unidos da América denunciou em uma publicação nas redes sociais que o recenseamento eleitoral na diáspora está a ser um caos. Este antigo dirigente ventoinha no EUA direcciona as suas baterias principalmente para o cônsul de Cabo Verde que, afirma, nunca deveria ser o responsável da Comissão Nacional das Eleições (CNE) na diáspora.
“Esta situação deve ser revertida muito brevemente. A situação do recenseamento é uma autêntica falta de respeito para os cabo-verdianos na diáspora”, escreve. Mesmo assim, Rodrigues faz um apelo aos que ainda não estão para se dirigirem aos locais sinalizados em Brockton, Boston, Rhode Island e New Bedford, sábado e domingo, para se recensear.
Lembra o ex-deputado que a diáspora tem mais cabo-verdianos do que os vivem no país. Ainda assim, a CNE acha que deve fazer recenseamento somente nos finais de semana, deixando de fora milhares de cabo-verdianos. “Muitos cidadãos eleitores trabalham durante o final de semana. Por este motivo, estão a ser excluídos de exercerem o direito de serem recenseados.”
A agravar ainda mais a situação, acusa, muitas pessoas vão aos locais e não encontram ninguém nos postos de recenseamento. As vezes são as máquinas que não funcionam. “Só agora resolveram ir ao Estado de Florida e fizeram um anúncio num panfleto em alupek que ninguém consegue entender. Depois irão reclamar que ninguém apareceu nos locais do recenseamento”.
Para o antigo coordenador do MpD nos EUA, estes anúncios em panfletos e nas redes sociais parecem brincadeira, pelo que exorta quem de direito a fazer algo. “Vivemos na diáspora, mas não somos um grupo de lorpas”, conclui.