Jovens de todo o continente estão em Rabat, Marrocos, a participar do 8º encontro de estudantes africanos. Cabo Verde faz-se representante por Erica Miranda, estudante do curso de Relações Internacionais e Diplomacia no Instituto Superior de Ciências Jurídicas e Sociais, conhecida por seu forte posicionamento na defesa dos direitos dos discentes, igualdade de gênero e empoderamento feminino.
A 8th Africa Students and Youth Summit é um evento anual realizado pelo All African Student Union em diferentes países do continente africano. Em Rabat estão mil participantes provenientes de 60 países neste evento que vai até o dia 24 de Dezembro e tem como tema “The Future of Work Protects and Challenges for Young Pleople”.
Trata-se de um tema desafiante para esta jovem cabo-verdiana, que acumula varias funções: vice-presidente da Federação Nacional de Estudantes e Desporto Universitário, coordenadora da pasta Cooperação Internacional e Associativismo Estudantil, co-fundadora do Movimento para Acção Cívica (MAC#114) e da Liga das Associações Universitárias de Santiago (LAUS). É ainda membro-fundador de Cabo Verde Ecofeminism, Directora Nacional do Miss Summer Albânia, Directora e Representante de Cabo Verde no Youth Society e Activista de Gênero.
Por seu activismo enquanto defensora dos direitos dos estudantes, a igualdade do gênero e o empoderamento feminino, enfatizando sempre a independência dos três pilares das Nações Unidas – paz, desenvolvimento sustentável e direitos humanos – Erica recebeu em Abril, na Sera Leoa, o prémio Jovem mais influente da West África. Na ocasião, esta defendeu que “é desta forma que teremos uma sociedade resistente, coesa, firmada na inclusão, na justiça e no estado de direito”.
Esta é a primeira vez que Cabo Verde participa na cimeira de jovens estudantes africanos. Erica acredita que existe uma necessidade enorme dos estudantes nacionais se aproximarem do continente. Neste sentido, diz, vai aproveitar a oportunidade para apresentar o seu projecto “West Africa Student ARASMU”, como forma de fomentara mobilidade estudantil entre as universidades africanas, proporcionando uma maior e melhor integração, incentivando mais interação dos jovens estudantes desta região e fortalecendo o sentimento africano.
Constânça de Pina
