O Director Nacional da PN aproveitou a deslocação a São Vicente para testemunhar o lançamento do projecto Cidade Segura e 112 – Número Único de Emergencia para perceber o funcionamento e auscultar os efectivos, desde chefias, aos agentes e subchefes. O objectivo, de acordo com o superintendente Geral Emanuel Estaline, foi ainda dar uma atenção particular aos policiais, com a expectativa de encontrar soluções, em função dos meios disponíveis, para satisfazer as demandas e resolver os problemas.
“Estamos a trabalhar na questão da motivação da nossa PN e na criação de melhores condições de trabalho, mas também na questão do equipamento e outras situações ligadas ao trabalho, de planos e do cumprimento da nossa missão. Também temos estado a trabalhar na melhoria das promoções e progressões e no aspecto salarial. Igualmente a tutela, no caso o Ministério da Administração Interna, tem trabalhado na disponibilização dos meios possíveis para a PN no desempenho cabal da sua missão”, refere Emanuel Estaline.
Confrontado com a exigências de licenciatura para o ingresso na Polícia, este alega que a PN está a evoluir e é dever da instituição acompanhar as mudanças. Mas admite que é preciso continuar a trabalhar para conseguir melhorar a prestação de serviço. E, uma forma de melhorar a efectividade, diz, é ter agentes com formação adequada para acompanhar os desafios da atualidade. Curiosamente, instado a explicar por quê, quando os agentes cometem infrações ou têm uma postura menos própria, a DN limita-se a transferi-los para outras ilhas, mantendo os salários e regalias, este escuda-se no Estatuto e no Regulamento Disciplinar da PN.
“Em caso de indisciplina ou de situações que carecem de averiguações ou processos disciplinares, o nosso Estatuto é claro. Diz que, quando há punições em que é necessário tomar medidas acessórias que incluem a transferência para um outro serviço, temos de fazer isso. Estas decorrem do funcionamento normal da PN no cumprimento dos regulamentos internos perante situações de indisciplina ou que carecem de uma medida exemplar “, frisa o DN, deixando claro que as situações são tratadas conforme os casos. “As medidas existem para serem tomadas. Mas não trabalhamos apenas com a punição. Também vemos a parte pedagógica. Conversamos com os efectivos e demostramos que devem cumprir os regulamentos e estar de acordo com a ética, que é muito importante na PN”.
Relativamente ao projecto Cidade Segura, que prevê a colocação em São Vicente de 300 câmaras de video-vigilância, motivo primeiro da deslocação a esta ilha, Emanuel Estaline explica que foi feito um levantamento e mapeamento dos locais onde estas vão ser colocadas. O trabalho foi feito por uma equipa formada por elementos da PN e outras instituições com responsabilidade na matéria. Mas o responsável da PN estes não especifica onde as câmaras vão ser colocadas, limitando-se a dizer que será nas zonas incluídas no mapeamento.
Já em relação à criminalidade na ilha do Porto Grande, apesar de admitir que o momento não é para se falar de estatísticas, Emanuel Estaline garante que as ocorrências registadas pela PN mostram que se mantém a tendência para a diminuição.
Constânça de Pina