Defesa de Alex Saab considera declarações do PGR “provas claras” da “natureza política” da detenção do diplomata

A defesa de Alex Saab considerou as declarações do Procurador-Geral da República “provas claras e inequívocas” da natureza política da intervenção de Cabo Verde na captura do diplomata venezuelano na ilha do Sal no ano passado, a pedido dos Estados Unidos para extradição. Para os advogados, ao admitir a possibilidade de haver “consequências políticas” do envio do embaixador para a América, a fim de responder por alegados crimes de corrupção, José Landim acabou indirectamente por confirmar que se está perante um acto político, e não criminal.

Em declarações à imprensa, o PGR voltou a sublinhar que está a ser aplicado as leis que se adequam ao caso Alex Saab, e não e não as que “se quer impor de fora”. Landim frisou que outras consequências serão, se calhar, políticas, mas deixou claro que já não cabe a ele, e sim ao Governo, responder a essa questão.

Para os defensores de Alex Saab, a captura do suspeito teve desde o início motivação política, pelo que a libertação depende também de uma “decisão política”. “Foi o Executivo, não os tribunais, que decidiram prender; foi o Executivo, e não os tribunais, que pararam a libertação de Alex Saab em 25 de junho, quando a Interpol cancelou o Alerta Vermelho para que os seus amigos americanos pudessem emitir o pedido de extradição; e foi o Executivo, como o próprio Supremo Tribunal de Cabo Verde indicou, que deve decidir o destino final de Alex Saab”, enfatiza a defesa de Saab, que pergunta ao PGR porque não admite que errou.

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