A Cruz Vermelha de Cabo Verde vai ministrar duas formações em S. Vicente, direcionadas para os seus voluntários e líderes comunitários. Ambas as formações acontecem hoje, sábado, 06 de setembro, às 10 horas, sendo que a primeira vai capacitar os formandos para melhor lidarem com os efeitos da tempestade de 11 de agosto e terá lugar no auditório da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias e a segunda, sobre recolha de dados, na sede da Cruz Vermelha, na cidade do Mindelo.
De acordo com a Cruz Vermelha, a capacitação sobre como lidar com os efeitos da tempestade vai contemplar os voluntários e líderes comunitários das zonas mais afetadas pelas fortes chuvas e é dedicada ao cuidado e proteção das populações em situação de maior vulnerabilidade. Serão abordados temas como proteção infantil, Violência Baseada no Género (VBG) e primeiros socorros psicológicos infantis, áreas consideradas essenciais para garantir uma resposta sensível, segura e acolhedora às necessidades das comunidades.
A ação será conduzida pelos psicólogos da Cruz Vermelha, Gerson Semedo e Hugo Borges, juntamente com Denise Rezende, Coordenadora Nacional de Proteção Infantil da Aldeia Infantil SOS Cabo Verde, reunindo conhecimento técnico e experiência prática em prol do bem-estar das famílias e das crianças. “Resulta de uma colaboração entre a Cruz Vermelha e as Aldeias Infantis , e visa reforçar o compromisso conjunto de proteger os mais vulneráveis, fortalecer a resiliência comunitária e promover uma resposta humanitária que coloca a dignidade, a segurança e a humanidade em primeiro lugar,” diz.
Já a formação na área de recolha de dados vai contemplar 13 inquiridores, todos voluntários da Cruz Vermelha, que vão especializar-se no uso da Plataforma Kobo – uma ferramenta inovadora de recolha de dados no terreno. Segundo a Cruz Vermelha, a Kobo é uma plataforma já utilizada por Sociedades Nacionais de todo o mundo que foi adaptada à realidade cabo-verdiana e especificamente a situação de crise que se vive nas ilhas de São Vicente, Santo Antão e São Nicolau.
Através dela, prossegue, a informação recolhida é estruturada em oito grandes blocos: dados gerais da emergência, perfil sócio-demográfico das famílias, composição detalhada do agregado familiar, impactos diretos da situação de emergência, saúde e bem-estar, meios de subsistência, educação, proteção, género e inclusão e, por último, identificação do inquiridor.
Será ministrada pela coordenadora do Programa de Transferências Monetárias e Meios de Subsistência, da CVCV, Ivanilda Vaz. A instituição esclarece que a recolha de dados só acontece com o consentimento das famílias, assegurando o respeito e a dignidade de cada uma.