O ministro das Comunidades desafiou a sociedade civil a transformar a efeméride do centenário da “Travessia Aérea do Atlântico Sul” num hidroavião por Sacadura Cabral e Gago Coutinho, com escala no país, que se assinala em 2022, em uma grande celebração. Jorge Santos justificou dizendo que foi a partir desta travessia que começou a ligação de Cabo Verde ao mundo por via aérea.
O governante fala do projecto da associação Lusitânia100, criada para invocar a travessia, que celebra 100 anos em 2022 e congratulou com o envolvimento da sociedade civil em Portugal, particularmente de todas as associações de cabo-verdianos. “Este é um projecto de história, que liga completamente as nossas comunidades. Foi a partir desta ligação que começou a nossa liação ao mundo por via aérea. Foi um passo em frente e uma grande evolução da nossa cultura, do nosso país e do conhecimento”, constatou.
Para Santos, é bom trazer este momento e fazer esta celebração, juntamente com Portugal e o Brasil, Canárias e Espanha, e transformar este facto histórico numa grande celebração e em um marco para consolidar cada vez mais a nossa comunidade e projectar esta cooperação na bacia do Atlântico. “A aviação civil é determinante para o desenvolvimento do arquipélago de Cabo Verde. Este primeiro voo marcou o princípio da estrada do futuro do Atlântico, que já tinha começado com o transporte marítimo”, completou.
O ministro das Comunidades fez esta declarações, no âmbito das viagens de contacto com os cabo-verdianos na diáspora. Santos garantiu que, nesta altura, as nossas comunidades têm a consciência clara daquilo que esperam do Governo e vice-versa. “Cabo Verde quer reconciliar-se com a sua diáspora e está também quer reconciliar com o país, numa relação funcional. A nossa diáspora é um grande recurso, é uma extensão do país”.
Neste sentido, anunciou a criação um plano estratégico e uma fundação pública para executar políticas para a diáspora, agregado a fundos porque há uma diáspora que pede a solidariedade de Cabo Verde, citando como exemplo a diáspora africana, principalmente a de São Tomé e Príncipe. “É nosso que estamos a trabalhar, conscientes de que temos na diáspora um grande recurso”, finalizou.