O MINDELINSITE não tem qualquer interesse em divulgar uma notícia “sob a capa de terceira pessoa”, apenas limitou-se a respeitar um pedido de anonimato solicitado por trabalhadores da Atunlo, por receito de represálias. Uma atitude que se compreende ao lermos o “Exercício do Direito de resposta” da empresa, que opta por imputar responsabilidades pela denúncia única e exclusivamente a este website, quando este limitou-se a relatar factos com base nas informações prestadas por essas fontes.
A tentativa de descredibilizar a notícia, mostrando que as condições de trabalho na empresa são dignas, também não pega porquanto, são os trabalhadores a dizerem que trabalham num espaço fechado, escuro e sem qualquer ventilação natural. Aliás, para certificar a sua afirmação, garantem que trabalham com luz acesa durante o dia e ar condicionado ligado.
Quanto aos produtos utilizados, não somos especialistas para testar a sua qualidade, no entanto, é relevante o facto de pelo menos por três vezes os trabalhadores procurarem a imprensa para relatar casos de desmaios, vómito e tonturas resultantes da inalação do cheiro dos mesmo. O caso mais grave, segundo os mesmos, resultou na ida ao hospital de 30 funcionários.
A direcção da empresa garante que nem na quarta-feira do Carnaval e nem na última quinta-feira foram registados casos de intoxicação. No entanto, é a própria assistente administrativa a confirmar, em conversa com o Mindelinsite, que na quarta-feira nove trabalhadores sentiram-se mal. Já na quinta-feira, acrescenta essa fonte, mal sentiram o cheiro todos foram dispensados.
Estas declarações deitam também por terra a tese de que a empresa não foi ouvida. Apenas não conseguimos chegar à fala com a direcção que, como admite o gerente, estava em reunião. O correcto, neste caso, seria a empresa retornar a nossa ligação quando a reunião terminasse e não o Mindelinsite suspender a publicação apenas porque não conseguiu ouvir a outra parte.
Constânça de Pina