Carta aberta ao Ministro da Educação

Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, Amadeu Cruz

Assunto: Dignidade profissional, Valorização dos professores e Qualidade do Ensino.

Senhor Ministro,

É muito grave a situação em que se encontra a maioria dos profissionais da Educação do nosso país. O contingenciamento dos recursos dos professores por causa da formação sem apoio do Estado, implicou e implica empréstimos à banca, empréstimos estes que,  tendo  que liquidar(e temos), deram-nos cabo do nosso orçamento familiar, então, pedimos encarecidamente e pela milésima vez, que regularize a nossa situação de:

Essa redução de nossos recursos ameaça seriamente a própria qualidade do ensino bem como o futuro do País e sua soberania.

Nós, os professores lesados que representam a comunidade da educação, por meio desta carta aberta, vimos alertar vossa excelência, assim como as demais autoridades competentes e a população cabo-verdiana em geral, dos riscos de perda de poder de compra dos educadores o que atinge sem dúvida a qualidade do ensino.

Essa forma de tratamento desigual na nossa classe gera um espírito de revolta e injustiça, mas apelamos a vossa Excia, que se digne revolver essas pendências com assertividade, pois já estamos fartos de levar com conversas e promessas sucessivas de resolução, sem nada vermos resolvido na prática.

Para ter esse panorama virtuoso e promissor, motivo de orgulho para nossa nação cabo-verdiana pedimos a atenção do excelentíssimo para extinguir as nossas pendências que vêm desde 2016 até hoje.

Não é novidade que vivemos uma situação crítica e de contenção na qual todos os docentes têm dado a sua contribuição de uma forma abnegada e muito profissional. Portanto quando regularizada a nossa situação, seja de requalificação e ajuste salarial efetiva ou do pagamento dos subsídios por não redução de cargas horárias, suavizar-se-ão as nossas finanças e elevar-se-á também a nossa dignidade profissional acompanhada de motivação.

Um outro exemplo evidente é a situação dos professores na idade de aposentação que não foram contemplados nem com a reclassificação, nem com a redução de carga horária nem com o subsídio pela não redução da carga horária (de 10% a 40% ou em valor numerário como define o atual ECPD) e tão pouco tiveram uma mudança de nível ou promoção ao longo da sua carreira profissional, etc.

Nessa conjuntura de não comprimento e negação dos nossos direitos que estão no Estatuto da Carreira do Pessoal Docente por parte do Ministério da Educação, exigimos a resolução das pendências o mais breve possível.

Na expectativa de uma resolução urgente das pendências aqui apontadas subscrevemos.

Atenciosamente,

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