Cargueiro “Chariot”, que encalhou na Cova de Inglesa, já está atracado no Porto Grande

O navio cargueiro “Chariot”, que encalhou no final da tarde de ontem na praia de Cova de Inglesa em São Vicente, já está atracado no Porto Grande. Ao que tudo indica, as amarras que prendem a âncora terão partido e navio ficou à deriva, sendo arrastado para essa praia pelo vento que se fazia sentir.

De acordo com o Capitão dos Portos do Barlavento, o encalhe do navio cargueiro “Chariot” aconteceu por volta das 18 horas de terça-feira. “Não foi provocado apenas pelo vento que se fazia sentir, até porque a intensidade não era demasiada. O que aconteceu é que as amarras que prendem a âncora partiram-se e, com isso, o navio foi derivando até a praia de Cova de Inglesa, onde este ficou encalhado”, explica Aguinaldo Lima.

Propriedade da empresa Santa Luzia Salvamento Marítimo e representado pela agência Limage, o navio cargueiro está inoperacional e encontrava-se fundeado há cerca de dois anos na Baía do Porto Grande por causa de um problema nas máquinas. Mas Aguinaldo Lima garante que este possui guarda e é vistoriado com alguma frequência pelas autoridades marítimas nacionais. “Não tinha sido detectado nenhuma falha”, frisou.

Ainda ontem, por volta das 21h30, o cargueiro já estava desencalhado, com auxílio do rebocador Monte Cara. “A operação de desencalhe decorreu na normalidade e, neste momento, o cargueiro já se encontra atracado no caís n.4, no Porto Grande, em São Vicente”, tranquiliza o Capitão dos Portos.

Confrontado com os sucessivos encalhes de navios em São Vicente, Aguinaldo Lima garante que a autoridade marítima tem apelado aos armadores e tripulação para estarem atentos ao estado das amarras, que fazem parte do aparelho de ancoragem das embarcações. Pedem ainda para haver sempre uma tripulação mínima disponível nos navios.

“Quando o vento sopra com mais intensidade, pedimos atenção redobrada e, muitas vezes, emitimos avisos de segurança. Mas, infelizmente, ainda continuamos a ter encalhes”, admite Lima, realçando que as autoridades, nestes casos, acabam por penalizar as companhias. “No caso do encalhe de ontem, ainda vamos averiguar os reais motivos que levaram o navio a encalhar, só depois podemos falar em possíveis penalizações”, acrescenta.  

Entretanto, o Instituto de Prevenção e Investigação de Acidentes Aeronáuticos e Marítimos, no âmbito das suas atribuições, já abriu uma investigação para apurar as causas desta ocorrência. Posteriormente, será produzido um relatório com todos os detalhes do encalhe do cargueiro “Chariot”.

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