Os presidentes de Cabo Verde e de Angola abordaram, esta segunda-feira, em Luanda, a cooperação entre os dois estados, com foco nos transportes aéreos e na hotelaria e turismo, nesta que é a primeira visita oficial de José Maria Neves desde que foi eleito, em outubro passado. Na ocasião, João Lourenço defendeu que a cooperação entre os dois país deve continuar e evoluir para novas áreas ainda não exploradas.
O Chefe de Estado angolano fez esta afirmação no primeiro dia de trabalho do José Maria Neves em Angola, que arrancou no Memorial António Agostinho Neto, onde fez a deposição de uma coroa de flores e assinou o livro de honra. E já há resultados palpáveis da visita, com a possibilidade da companhia aérea TAAG usar Cabo Verde como hub para os países da região, mas também europeus e das Américas, aproveitando as autorizações da Cabo Verde Airlines.
Outra área elencada pelos dois presidentes da República foi hotelaria e turismo. Segundo o Presidente daquele país, Cabo Verde possui uma Escola de Hotelaria e Turismo que está a qualificar os quadros nacionais e Angola poderá atingir este patamar, ou seja, estar ao nível da capacitação e qualificação dos recursos humanos.
Neves aproveitou para convidar o seu homologo para visitar Cabo Verde, convite que foi prontamente aceite. Falta agora acertar a melhor data. Logo de seguida, os dois presidentes deslocaram ao Palácio da Assembleia Nacional de Angola, país que detém a presidência rotativa da Comunidade dos Países Língua Portuguesa (CPLP).
Antes de viajar para Angola, JMN falou do simbolismo que caracteriza esta sua deslocação e manifestou o desejo de ver as relações entre os dois países reforçada, aproveitando o enorme potencial existente. Destacou ainda o facto de Angola já ter investimentos em Cabo Verde no domínio da banca, das telecomunicações e dos combustíveis e referiu a intenção de alargar a cooperação aos sectores dos transportes, turismo, ensino superior, ciência, inovação e reforma do Estado e Administração Pública.
O Chefe de Estado iniciou ontem uma visita de três dias a Angola, a sua primeira, de caracter de Estado, ao exterior, que considera um “sinal forte” no reforço das relações entre os dois países.