Cabo Verde despenca oito posições no Índice da Liberdade de Imprensa 

Cabo Verde despencou oito lugares no Índice Mundial da Liberdade de Imprensa publicado hoje, Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, pela organização não-governamental Repórteres Sem Fronteiras (RSF). Caiu da 33.ª em 2023 para a 41.ª posição no ranking, que continua a ser liderada pelos países nórdicos: Noruega, Dinamarca, Suécia, Países Baixos e Finlândia. 

Entre os países lusófonos, Portugal é o melhor classificado, aparecendo na 7.ª posição, com uma subida de dois lugares, seguido por Timor Leste na 20.ª posição, tendo entretanto regredido 10 lugares. O Brasil 82º do mundo, representado uma melhoria de 10 lugar em relação ao “Brasil de Jair Bolsonaro”, que foi marcado por uma hostilidade permanente ao jornalismo.

Guiné Bissau está na 92.ª posição pela Guiné-Bissau, tendo perdido 14 lugares em relação ao ano anterior. Angola, que no ano passado foi o pior classificado dos lusófonos, subiu 21 posições para 104.º lugar (125.º em 2023), enquanto Moçambique registou uma descida de três posições, ocupando agora o 105.º lugar, e a Guiné Equatorial, desceu sete lugares para a 127.ª posição.

A China registou uma ligeira melhoria, galgando de 179 lugar em 2023 para 172.º no índice atual, mas continua entre os dez países do fundo do ranking. Já a Eritreia figura em último, ocupando o nada honroso lugar que em 2023 coube à Coreia do Norte. 

O Índice Mundial da Liberdade de Imprensa, publicado pela Repórteres sem Fronteiras, avalia as condições para o jornalismo em 180 países e territórios. Este ano, o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa está a ser celebrado este ano com duas grandes guerras em curso – na Ucrânia e em Gaza – e com alertas sobre os riscos cada vez maiores enfrentados por jornalistas e órgãos de comunicação até em países antes considerados seguros.

Santiago, no Chile, foi escolhida para sediar o principal evento global dedicado à data, promovido pelas Nações Unidas, que começaram na quinta-feira, 2 de maio. O tema em 2024 é a liberdade de imprensa no contexto da crise climática, mas outras questões estão na agenda das celebrações. 

A data foi criada pela Assembleia Geral da ONU em 1993, seguindo a recomendação da Conferência Geral da Unesco, em referência à Declaração de Windohoek, criado e assinado por um grupo de jornalistas africanos em um seminário da organização em 1991 na cidade de mesmo nome, na Namíbia.

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