O jurista Alcides Graça formalizou hoje a sua candidatura à liderança da Comissão Política Regional do PAICV com aposta numa “lista refrescada em mais de 90 por cento”, que traz para o centro “caras novas, jovens e mulheres”. Na apresentação, Graça destacou o reforço da sua plataforma política com base em três pilares que considera fundamentais, como a coesão interna, a qualificação da base de dados e, por último, transformar a sede do partido num ponto de convergência e de promoção de um compromisso com a juventude.
Em relação ao primeiro ponto – o reforço da coesão interna -, esse candidato à sua sucessão assume como compromisso “o respeito pela diferença”. A sua lista pretende, assim, criar um núcleo de apoio de promoção da inclusão e coesão interna para, diz, responder às necessidades “tremendas” do PAICV nos últimos tempos. Sobre a qualificação da base de dados, o caminho é apostar em estratégias para a reaproximação de militantes desativados e o recrutamento de novos membros até 2022. Graça, que concorre ao terceiro mandato à frente do partido em São Vicente, espera militantes reais, “com rostos, residência, número de telefone” e motivados para trabalhar.
O mesmo ainda avança que, com o terceiro pilar – transformar a sede do partido num ponto de convergência e de promoção de um compromisso com a juventude -, o objectivo é formar jovens com cursos de curta e longa duração. “Já demos um primeiro passo com a constituição de uma sala de leitura e o segundo passo seria transformá-la numa sala de formação de curta e longa duração.”
Com estes três pilares, este acredita que o PAICV poderá apresentar uma candidatura capaz de disputar e vencer as autárquicas e as legislativas.
Tendo em conta a situação política interna do partido, Graça prefere não se pronunciar e focar apenas nas eleições internas regionais. Admite apenas que o partido tem aprendido com os erros.
Segundo Graça, em Outubro falou com a líder do PAICV, Janira Hopffer Almada, que lhe augurou sorte e desejou também que as eleições fossem honestas, com limites e que esta irá manter o devido distanciamento nas eleições. Este também não avança se, caso vença o escrutínio, se vai candidatar-se à Câmara Municipal de São Vicente ou a deputado nacional.
Preocupado com a paridade, a lista de 10 candidatos é composta por 50% mulheres e 50% homens na Comissão politica. “Mesmo antes da aprovação da lei da paridade ja tínhamos a preocupação de criar espaço para as mulheres se posicionarem nas listas das autárquicas e legislativas”, frisa.
Além da Comissão Politica Regional, Alcides Graça apresentou a lista para a Comissão Regional de Jurisdição e Fiscalização e a delegada da Assembleia-Regional. Assim, a lista avança com a candidatura de Roberto Ramos para a presidência e Thierry Monteiro como vice-presidente do órgão. Por se tratar de um órgão de fiscalização, a candidatura liderada por Graça deu primazia às pessoas com formação jurídica e com capacidade para desempenharem o cargo.
Sidneia Newton (Estagiária)
