O Observatório da Cidadania Ativa pediu hoje a Embaixada de Portugal no país para rever a questão do agendamento para pedidos de visto, com argumento de que os cidadãos estão a ser expostos a uma profunda humilhação. Trata-se de uma situação que se verifica em S. Vicente, mas também na Cidade da Praia.
“É lamentável que os cidadãos tenham que dormir ao relento e outros pagam pessoas entre 1.000 a 4.500 escudos para guardarem um lugar na fila para que possam conseguir fazer a sua marcação no Centro Comum de Vistos”, sublinha o Observatório de Cidadania em nota assinado pelo seu presidente.
De acordo com Orlando Lima, a permanência consultar em São Vicente, o atendimento aos cidadãos, a comunicação, de entre outras situações relativas ao agendamento devem merecer uma especial atenção das autoridades competentes, neste caso da Embaixada portuguesa, por forma a evitar que esta imagem de humilhação e, também, degradante se repita.
Deve-se por outro lado, enfatiza, não esquecer que cidadãos das outras ilhas deslocam-se para São Vicente e Praia na tentativa de conseguir uma marcação pelo que, igualmente, é imperioso encontrar mecanismos que possam permitir um melhor acesso aos serviços consulares, pontua, realçando que, para além de São Vicente, o Observatório também recebeu reclamações na Capital.
“Os cidadãos na Cidade da Praia também clamam por uma melhor organização dos serviços do Centro Comum de Vistos em ordem a poder responder com maior eficiência e eficácia”, observa, destacando a necessidade de se ter em conta que dignidade humana é um direito fundamental e um valor inalienável pelo que as instituições devem zelar pelo seu rigoroso cumprimento.