Adilson da Graça nega existência de acordo tácito entre vereadores da oposição e defende o diálogo com A. Neves para resolução do impasse na CMSV

O presidente da comissão política do PAICV em S. Vicente negou hoje a existência de um acordo tácito entre os vereadores do seu partido e os da UCID para fazer oposição ao autarca Augusto Neves e assegurou que a actuação de Celeste da Paz e Albertino Graça na CMSV tem sido feita de forma concertada com essa força política. Segundo Adilson da Graça, o que tem acontecido é que os cinco vereadores eleitos pelos dois partidos têm estado a agir em conformidade e em conjunto de acordo com as “ilegalidades gravíssimas” registadas no funcionamento da autarquia, nomeadamente na decorrência das reuniões da vereação.

Adilson da Graça adianta que o seu partido vem acompanhando com preocupação e acuidade o bloqueio no funcionamento da CMSV, situação que, diz, vem tendo impactos muito negativos no processo de desenvolvimento da ilha do Monte Cara. Esse quadro, adverte, vem contribuindo para o estabelecimento de um clima de incerteza no futuro de S. Vicente que, de per si, “já demonstra há algum tempo atrasos significativos”.

“Já estamos em maio e ainda não se conseguiu realizar nenhuma sessão da Câmara Municipal, o que constitui, por um lado, uma ilegalidade grave, por outro, tem emperrado o funcionamento normal da Assembleia Municipal”, frisa Adilson da Graça, para quem há outras situações anómalas como a não aprovação da conta de gerência e do plano de activididades. Esclarece que a conta de gerência deveria ser votada, primeiro em março na Câmara, e em abril na Assembleia, enquanto o plano de actividaes era para ser resolvido em janeiro, entre os vereadores, e depois na plenária da AMSV.

Essa fonte sublinha que o PAICV tem acompanhando de perto a situação reinante na CMSV e o partido está consciente da total disponibilidade dos dois vereadores para a resolução dos problemas reinantes na edilidade de S. Vicente. Este porta-voz garante que o partido da estrela negra está de acordo que a base para a resolução do diferendo deve passar pela implementação do memorando de entendimento assinado pelos vereadores da oposição – que está ainda na posse do edil Augusto Neves – o respeito pelo princípio da legalidade e saneamento de “todas as ilegalidades” que terão acontecido na CMSV.

A continuar o impasse na CMSV, o presidente da Comissão Política do PAICV em S. Vicente defende a intervenção das autoridades competentes. Aliás, assegura que o problema já foi comunicado oficialmente à Assembleia Municipal de S. Vicente, à tutela, ao Tribunal de Contas, ao ministro do Mar – sobre a indicação do representante da CMSV no conselho de administração da Zona Económica Especial Marítima – e aos próprios funcionários municipais. Isto sem contar com as tantas conferências de imprensa que servem de denúncia pública das supostas ilegalidades cometidas pelo presidente da CMSV, com o suporte dos vereadores do MpD.

No entanto, para Adilson da Graça, a solução para o normal funcionamento da CMSV está no diálogo, que deve ser aberto e construtivo. Por isso apelou ao edil Augusto Neves para se sentar à mesa com todos os vereadores eleitos pelo MpD, UCID e PAICV e juntos possam encontrar uma via negocial focada nos interesses de S. Vicente, e não pessoais ou partidárias.

Sair da versão mobile