O Presidente da República vai reconhecer e valorizar o “contributo histórico, político, cultural e científico” de uma série de personalidades em prol da independência de Cabo Verde e a edificação do Estado durante celebração do 5 de julho . O ponto alto do programa do Palácio da Presidência, que decorre de 5 a 13 de julho, será o momento das condecorações, que “enaltecem conquistas e seus protagonistas em diversas frentes fundamentais para o país”.
“A começar, a atuação de figuras panafricanistas visionárias que continuaram e renovaram a luta e o legado de Amílcar Cabral e outros líderes e companheiros dessa geração, para responder aos desafios dos novos tempos no continente”, frisa o gabinete de comunicação do PR, que enumera o caso de Salim Ahmed Salim, antigo Secretário-Geral da extinta Organização da Unidade Africana, “personalidade destacada nos combates pelo Pan-Africanismo e a Unidade Africana e firme apoiante da agenda político-diplomática de Amílcar Cabral”. Destacada ainda a PR que foi uma das testemunhas internacionais da cerimónia da proclamação da Independência de Cabo Verde na Várzea, a 5 de Julho de 1975.
No capítulo das condecorações, merece destaque, conforme o comunicado, a “intervenção continuada e robusta” de profissionais das ciências da terra e do ambiente, e, em particular, de uma reputada instituição nacional, o Instituto Nacional de Investigação e Desenvolvimento Agrário – INIDA. Isto além de outras organizações que se têm destacado na defesa do ambiente, da biodiversidade e da cidadania ambiental.
Do mesmo modo, a diáspora é, mais uma vez, reverenciada nesta condecoração presidencial pelo seu “contributo decisivo” para a libertação do país, mas também para a reconstrução, a democratização e o desenvolvimento nacional, constituindo, por isso, um “verdadeiro património”. Para a Presidência, o desempenho de muitos filhos das ilhas e seus descendentes espalhados pelos quatro cantos do mundo tem sido determinante na defesa das comunidades cabo-verdianas emigradas e sua efetiva integração nos países de acolhimento, incluindo a mobilização de vontades e apoios para causas anónimas nas comunidades, mas também nas ilhas.
Na cultura, com destaque para a música e seus fazedores, será distinguido o artista Fernando Amarante Dias – Chando Graciosa-, que, “com o seu trabalho, ligado essencialmente à promoção do funaná genuíno”, trouxe para o panorama musical cabo-verdiano composições de reconhecido valor patrimonial e cultural.
No programa das comemorações da data maior da Nação foi reservado espaço para o cinema nacional, que, segundo a Presidência da República, tem ganhado projeção e reconhecimento no país e além-fronteira. Nesse quadro, serão exibidos filmes e documentários com um denominador comum: a mulher no centro como produtora ou atriz principal.
Na manhã do dia 5 de Julho, o Presidente da República estará na cerimónia de deposição de coroa de flores no Memorial Amílcar Cabral e participará na sessão solene comemorativa da Independência Nacional, no Parlamento.