A Organização das Mulheres de Cabo Verde, delegação de S. Vicente, vai entregar na próxima segunda e terça-feira brinquedos para 200 crianças de famílias beneficiadas por projetos desta Ong e de vários bairros de São Vicente. Estas juntam-se assim a centena de crianças do jardim infantil da OMCV e da comunidade terapêutica de Ribeira de Vinha, que receberam os seus presentes na sexta-feira e, aos filhos dos colaboradores e membros, ontem, sábado.
De acordo com a delegada Fátima Balbina, a semelhança dos anos anteriores, vão ser contemplados a partir do início da próxima semana crianças das comunidades da Ribeirinha, Vila Nova, Ribeira de Craquinha, Bela Vista, entre outros. “As doações vão ser feitas na segunda e terça-feira. Parte dos brinquedos foram nos oferecidos pela associação portuguesa “Turn On Success”. A outra resulta de um financiamento de uma empresa de turismo que opera em São Vicente, no valor de 56 mil escudos.”
A OMCV, prossegue, recebeu também brinquedos, de uma parceira residente nos Países Baixos, e o valor de 5 mil escudos de uma emigrante nos EUA, que viu o apelo na página da organização no facebook. “Extraímos igualmente rifas e sorteios, que nos permitiram arrecadar algum valor, que foi canalizado para a compra de presentes e também para custear um lanche individualizado que oferecemos às crianças. Por isso, ficou um bocadinho mais dispendioso.”
Segundo Fátima Balbina, a meta da OMCV é atingir a meta 300 crianças este ano, mais 50 que em 2024, sobretudo tendo em conta a tempestade Erin de agosto passado, que afetou muitas famílias. Recebeu ainda uma doação, oferecidos pelo supermercado Equilíbrio, inquilino da OMCV, que todos anos agracia esta ong com roupas e brinquedos para serem distribuídos durante a quadra festiva. “Graças a todas estas parcerias e envolvimento das pessoas conseguimos atingir, ou mesmo ultrapassar os nossos objectivos.”
A expectativa é, entretanto, ir além desse número, tendo em conta que a organização trabalha com mais de 500 famílias, e não presenteia apenas as contempladas com o projecto “Luz para as meninas”. O habitual é abarcar todas as crianças da mesma família. “Se uma família tem três ou quatro crianças não faz sentido presentear apenas a beneficiária do projecto, enquanto as outras ficam a ver navios. Quando falamos em 500 famílias, estamos a apontar para mais de 1200 crianças, pelo que qualquer ajuda adicional é bem-vinda. Estamos ainda muito aquém deste número, infelizmente”, acrescenta Fátima Balbina.
A OMCV quer, por isso, aumentar o número previsto de 300 para 400, por forma a abarcar um número ainda maior, sendo certo que a instituição criou um perfil dos zero aos 12 anos. Esclarece a delegada que, normalmente, as famílias têm crianças nesta faixa etária e outras maiores, que ficam fora de alcance. “Tínhamos de definir um perfil porque são mais de mil crianças contempladas no projeto ‘Luz para as meninas’. A nossa esperança é de, todos os anos, levar um sorriso para as crianças”, acrescenta.
Fátima Balbina garante que a instituição continua aberta para receber mais apoios, seja prendas, papel de embrulhos ou outros para alargar ainda mais o seu alcance. Diz-se no entanto satisfeita porque sabe que outras associações estão a fazer um trabalho similar em outras comunidades. Inclusive a própria OMCV já esteve na comunidade terapêutica da Ribeira d’Vinha, onde ofereceu brinquedos. Igualmente colabora com a associação de Salamansinha e outras que solicitaram o apoio desta organização não governamental.
