Um morto e vários feridos em acidente com bote em São Pedro 

Um bote de pesca, que estava a ser utilizado para mergulho com tartarugas e outras espécies da fauna marinha de São Pedro, revirou após ser atingido por uma onda. O proprietário da embarcação, de nome Florentino, morreu e cinco turistas deram entrada no Hospital Baptista de Sousa com ferimentos vários.

O acidente, de acordo com uma testemunha em São Pedro, ocorreu entre as 12h30 e as 15 horas. “Estava a chegar a casa, quando vi o bote já capotado. Pelo que pude perceber, a embarcação foi atingida por uma onda – o mar estava revolto esta segunda-feira -, o guia conseguiu pular para a água e os turistas também. Já o proprietário do bote foi encontrado com o rosto virado para a areia. Tudo aponta que este foi atingido pelo bote e ficou submerso”, descreve a fonte Mindelinsite. 

O jornal Mindelinsite abordou os familiares da vítima mortal, mas estes não se encontravam em condições de prestar esclarecimentos. Foi impossível ouvir o presidente da Associação dos Pescadores de São Pedro. Já o presidente da Associação dos Armadores de Pesca (Apesc) confirma que o bote transportava turistas e foi revirado por uma onda e que, ao capotar, atingiu o seu dono mortalmente.  

“Pelas informações que chegaram até nós, cinco turistas foram transportados para o hospital com ferimentos. O guia que acompanhava os turistas conseguiu saltar quando se apercebeu da onda”, descreve Suzano Vicente, para quem é preciso intervenção de quem de direito para regularizar a questão do transporte de turistas que pretendem nadar com tartarugas em São Pedro. 

“Há muito tempo que a APESC tem vindo a criticar esta atividade, que é realizada sem nenhum tipo de segurança. É uma situação complexa que demanda a intervenção das autoridades. Não há regulamento, disciplina, seguro. Enfim, nada. Algo precisa ser feito”, desabafa o presidente da APESC, que afirma já ter, pessoalmente, tentado abordar os promotores, sem sucesso. 

Enquanto presidente da APESC, Suzano Vicente alega não poder “intrometer-se” nesta questão porque representa os armadores, não os pescadores. Entende, no entanto, que cabe ao Ministério do Mar tomar as medidas cabíveis. “Qualquer pessoa a titulo individual que tentar interferir é ameaçada por ser uma atividade muito lucrativa. É uma situação complicada”, reforça.

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