Trabalhadores do Lar Leonel Madeira fazem greve de dois dias, com 100% de adesão

Os trabalhadores da Residência Estudantil Leonel Madeira em Madeiralzinho – São Vicente e da Fundação Cabo-verdiana de Acção Social Escolar realizam a partir desta terça-feira, 12, uma greve com duração de dois dias. Reivindicam enquadramento no novo Plano de Carreiras, Funções e Remunerações da Administração Pública, aumento salarial, pagamento de subsídio e horas extras, melhores condições de trabalho, entre outros. A adesão foi de 100%, segundo Vitalina Correia.

De acordo com a delegada sindical, neste primeiro dia a adesão foi de 100 por cento, ou seja, a totalidade dos trabalhadores do Lar Estudantil Leonel Madeira cruzaram os braços. ‘Somos nove trabalhadores afectos a esta residência estudantil e todos aderiram à greve, com excepção de um colega que se encontra doente mas que também está conosco nesta luta’, afirmou Vitalina Correia.

Questionado sobre as motivações, Correia explica que não foram enquadrados no novo Plano de Cargos, Carreiras e Salários. ‘Temos problemas que vão desde o não pagamento dos subsídios de turnos e de riscos. Pedimos o ajustamento da carga horária porque trabalhamos horas em excesso. Temos dificuldades de contagem do tempo de serviço para efeito de aposentação, indefinição de localização de base de dados dos trabalhadores. Enfim, é uma lista extensa de reivindicações.’

A par destas, Vitalina Correia destaca a luta dos trabalhadores da residência para resgatar as gratificações suspensas desde 2016. ‘São problemas que vêm se acumulando desde há muito tempo. Temos uma colega que foi para a reforma a cerca de três anos, com uma pensão de miséria. Também temos pessoas que já atingiram a idade, mas ainda estão aqui, sendo que poderiam estar em casa. Têm receio de irem para a reforma na mesma situação do colega reformado.’

Hoje e amanhã esses trabalhadores prometem não arredar o pé na esperança de respostas por parte do Ministério da Educação, da Ficase ou da direcção da Residência Estudantil Leonel Madeira, que acusam de silêncio absoluto. Caso nada aconteça, prometem, em conjunto com o Sintap, traçar novas formas de luta. ‘Não vamos parar de lutar pelos nossos direitos. Após várias ameaças, desta vez estamos dispostos a ir até ao fim. Esta é uma luta para continuar.’

Para além dos trabalhadores do Lar Estudantil, a greve contou com a presença de um coordenador da Ficase, um condutor e dois colaboradores. A nível nacional, teve também com a adesão dos trabalhadores da Ficase da Praia.      

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