Os Sokols 2017 convocou a imprensa hoje para manifestar indignação e preocupação pela recusa do habeas corpus ao advogado Amadeu Oliveira pelo Supremo Tribunal da Justiça. Para Salvador Mascarenhas, ao tentar justificar o injustificável, os protagonistas da justiça enterram cada vez mais a instituição num profundo pântano que envergonha a Nação, pelo que apela à todos para sair à rua, no país e na diáspora, no dia 25 de setembro.
O líder dos Sokols referiu ainda que, ao negar o habeas corpus ao Amadeu Oliveira, que tem prestado um grande serviço ao país lançando um SOS não só pela justiça, como pelas inúmeras injustiças que são do conhecimento público, perdeu uma grande oportunidade de se redimir das falhas. “Faltou o bom senso e continuam a insistir no erro”, frisou Mascarenhas, que diz não conseguir perspectivar o pensamento do juiz e a sua opção pela cadeia.
“Tudo leva a crer que, neste caso, o que está em jogo é a defesa do corporativismo que está cada vez mais evidente no poder judicial e, ao mesmo tempo, enviar uma mensagem a qualquer cidadão que se atreva a apontar que o rei vai nu, desafiando o status quo”, avalia, para acrescentar logo de seguida que Amadeu Oliveira está a ser vítima da sua coragem de usar os seus conhecimentos técnicos em defesa do povo das ilhas.
Perante os factos, este activista interroga porque os considerados intocáveis na corporação têm tanto medo do Amadeu Oliveira, para responder logo de seguida que, têm medo sim é das verdades que este tem em carteira. “Além de recusarem o habeas corpus, também o impedem o acesso ao seu computador pessoal, resultante de um telefonema da Praia directamente para a Cadeia da Ribeirinha, configurando-se uma atitude déspota e com intenção de o impedir de organizar a sua defesa”.
Para Mascarenhas, esta acção é ilegal porque na Constituição está plasmado que todo o cidadão tem direito à defesa. “Indigna-nos esta atitude e preocupa-nos a acusação de atentar contra o Estado de Direito porque é um argumente ode grande amplitude muito usado em governos quando querem suprimir as liberdades e garantias a qualquer cidadão incómodo ao sistema”, diz, lembrando que a própria direcção dos Sokols poderia ter sido detido aquando do cerco ao PM na estrada do aeroporto – pratica vulgar nos países democráticos – por atentado ao Estado de Direito.
São estes factos que levam o líder dos Sokols a apelar ao apoio de todos, em cada bairro, para ajudar na organização de uma grande manifestação pela justiça e pela libertação imediata e incondicional de Amadeu Oliveira.