O Sindicato da Administração Pública Direta e Indireta do Estado (Sacar) convocou a imprensa hoje para denunciar a situação de precariedade e incerteza por que passa o Instituto do Turismo. Criado em 2019, este instituto deveria absorver os trabalhadores da Direção-Geral do Turismo e Transportes, com todas as suas competências, o que ainda não se efetivou.
Para o vice-presidente do Sacar, Manuel Torres, há uma sobreposição de atribuições entre estas duas instituições. O mais caricato, diz, é que a lista de transição de funcionários foi publicada com gralhas graves, que precisam ser corrigidas porque não especifica os níveis e nem os vencimentos.
“Os funcionários transferidos vivem momentos de muita pressão psicológica motivados por falta de condições de trabalho e de promessas não cumpridas feitas pelo Governo. Têm hipotecado as suas vidas, tornando-se em autênticos angariadores de contribuição turística em benefício do Fundo do Turismo, sem nenhuma consideração e reconhecimento por parte do Ministério.”
Perante este quadro, diz este dirigente sindical, os colaboradores do IT exigem a publicação imediata do Plano de Cargo, Carreiras e Salários e do mapa do pessoal com os respetivos cargos, especificação de níveis e vencimentos e a clarificação das competências da Direção-Geral do Turismo, de forma a evitar sobreposições de atribuições e competências.
Pedem ainda o apetrechamento e mais recursos humanos e materiais para a Direção Regional Norte e a regularização do pagamento salarial, tendo em conta os sucessivos atrasos. “Os funcionários do IT estão decididos em partir por uma luta, caso o Governo não resolva os seus problemas de imediato”, finaliza Manuel Torres, realçando que o sindicato Sacar apoia incondicionalmente esta luta dos funcionários do Instituto do Turismo.