Siacsa denuncia despedimentos e “perseguição” a trabalhadores pela direção do Mansa Marina Hotel, em S. Vicente

Os trabalhadores do Mansa Marina Hotel, estabelecimento situado na Cidade do Mindelo, estão sem cobertura da Previdência Social há mais de um ano e sujeitos a perseguição interna, denuncia o sindicato Siacsa. Além destes casos, a organização relata que os incumprimentos da empresa incluem falhas no pagamento de feriados e horas extras do mês de janeiro de 2023, despedimentos e assédio a mais de 20 funcionários que se associaram ao referido sindicato.

“Os despedimentos começaram a acontecer recentemente quando trabalhadores dessa empresa se associaram ao nosso sindicato. Há seis meses que tomaram a decisão de se inscreverem no Siacsa e já temos conhecimento de seis despedimentos desde então. Para nós esta é uma forma de intimidação clara para os restantes trabalhadores e já comunicamos o caso à IGT”, revela Heidy Ganeto, coordenador em S. Vicente do Sindicato de Indústria, Serviços Gerais, Alimentação, Construção Civil, Agricultura, Segurança Privada e Serviços Marítimos e Portuários.

Segundo este sindicalista, soube que a Directora dos Recursos Humanos anda a incentivar os funcionários a abandonarem o Siacsa, pelo que decidiu enviar uma queixa a propósito para a Inspeção-Geral do Trabalho no dia 13 de maio. Com essa alegada atitude, explica, o hotel acaba por violar o artigo 74 do Código Laboral sobre a proteção e liberdade sindical. Deixa claro que o Siacsa vai encaminhar o assunto ao Tribunal de S. Vicente, com o intuito de obrigar o hotel a mudar a sua postura e readmitir os despedidos, se o despacho da Inspeção-Geral do Trabalho for favorável.

Esta fonte acrescenta que a administração do Mansa Marina Hotel cometeu outro atropelo ao Código Laboral ao decidir aplicar o valor do subsídio de turno de forma unilateral, sem a necessária negociação com os trabalhadores ou os seus representantes. Esta e outras situações, assegura Heidy Ganeto, já são do conhecimento da IGT e diz esperar “mão dura” desta autoridade sobre o estabelecimento turístico porque, a seu ver, os funcionários não podem pagar por uma culpa que não é deles.

O Mindelinsite contactou o Marina Mansa Hotel, que ficou de dar a sua versão dos factos amanhã, segunda-feira.

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