Senegal afirma que piroga partiu com 101 passageiros e vai ajudar no repatriamento dos 38 sobreviventes

O ministério dos Negócios Estrangeiros do Senegal afirmou em comunicado que a piroga encontrada à deriva a 150 milhas da ilha do Sal partiu da localidade de Fass Boye no dia 10 de julho com 101 passageiros a bordo. Na mesma nota, informa que foram resgatadas apenas 38 pessoas com vida, sendo uma delas um bissau-guineense, que estão a ser atendidas pelas autoridades cabo-verdianas. Acrescenta que o referido ministério está a trabalhar com Cabo Verde para tomar as medidas necessárias ao repatriamento dos sobreviventes nas melhores condições.

Os migrantes foram ontem acolhidos no Porto da Palmeira, onde chegaram no barco de pesca espanhol Zillarri, o mesmo que encontrou a piroga vagueando a 150 milhas do Sal. A primeira informação dava conta que estavam a bordo da embarcação de boca aberta 46 sobreviventes, mas este número foi actualizado para 38 pessoas vivas e sete cadáveres. A chegada dos náufragos à ilha do Sal foi acompanhada pela ministra da Saúde, a presidente do Instituto de Medicina Legal e a Directora Nacional de Saúde. Segundo a Inforpress, Filomena Gonçalves evidenciou que a palavra de ordem neste momento é solidariedade para com os sobreviventes e salientou que estavam criadas “todas as condições” para darem o devido acolhimento aos mesmos.

“Em termos sanitários temos todos de abrir os braços e acolher os vivos e enterrar condignamente os mortos. Tudo aquilo que for necessário fazer vamos fazer para que depois todas as medidas possam ser tomadas”, assegurou a ministra da Saúde, lembrando que as questões migratórias são de carácter global e exigem cooperação internacional.

Sete dos 38 náufragos, conforme o Delegado da Saúde no Sal, exigiam maiores cuidados médicos e foram encaminhados para o hospital Ramiro Figueira, enquanto os restantes foram atendidos no cais da Palmeira, onde foi montada uma estrutura.

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