No âmbito dos projetos locais de apoio às comunidades de S. Vicente, membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias estiveram sábado a pintar a Escola António Aurélio Gonçalves. O objectivo foi proporcionar aos utilizadores do estabelecimento de ensino condições mais favoráveis e, por conseguinte, um melhor ano letivo.
Segundo Elton Sequeira, Presidente da Estaca no Mindelo, foram convidados pela diretora da referida escola para ajudarem na pintura, visto que não tinham mão-de-obra necessária. Este líder da igreja nas ilhas de São Vicente, Santo Antão e São Nicolau realça que responderam positivamente porque procuram sempre formas de servir a comunidade estudantil. Apesar de a oferta de materiais não se mostrar suficiente para concluir a pintura em todo o edifício, adianta que vão aguardar o envolvimento de outros parceiros para darem continuidade à iniciativa, visto que a escola precisa de uma nova cara. Neste sentido, propõe um “junta mon” com o reforço do Ministério da Educação e da Câmara Municipal de São Vicente.
A iniciativa partiu de Vanda Maurício, Diretora da Escola António Aurélio Gonçalves, para quem o espaço precisava há muito de manutenção e de uma profunda remodelação. Revela que fizeram constantes pedidos de doação e que muitos foram recusados. No entanto, as coisas tomaram outro rumo em abril após receber um estagiário proveniente da Holanda. Após 15 dias de estágio, este descente de pais cabo-verdianos fez algumas observações sobre as condições em que a escola se encontrava e das necessidades, o que a motivou a arrecadar o montante de 139 mil escudos.
Com parte valor recebido, investiram uma percentagem na compra de materiais de educação artística e física e outra parte na aquisição de materiais e tinta, para darem início à primeira fase da pintura. Porém, careciam de mão-de-obra e foram obrigados a suspender o projeto, que pretendiam concluir antes do início do ano escolar. Mais tarde, decidiram lançar uma campanha e, após o “feedback”, colocaram imediatamente mãos à obra, com o envolvimento de alguns encarregados de educação.
Presente no djunta môn esteve a docente Francesa Rodrigues, professora de Língua Francesa há 18 anos no agrupamento. Defende que, tratando-se de uma escola pública, todos devem dar o seu contributo em vez de esperarem uns pelos outros. Garante que sempre que possível participa de tais atividades e dará continuidade a esse gesto no geral. “Aqui sinto-me super bem acolhida!”
Andrea Lopes (Estagiária)