O ministro da Educação anunciou ontem que o plano de ação emergencial de recuperação das infraestruturas escolares afectadas pela tempestade Erin em S. Vicente, Santo Antão e S. Nicolau está orçado em 120 mil contos. Este montante, acrescenta Amadeu Cruz, deverá também contemplar reparações em 3 unidades do Ensino que estão em risco na ilha de Santiago.
Para a execução, o ME espera contar com recursos disponibilizados pelo Tesouro, o Fundo de Emergência, mas também pela cooperação internacional e a Unicef – Fundo das Nações Unidas para a Infância – que está a ajudar Cabo Verde na mobilização de apoios. Amadeu Cruz, que se encontra de visita às escolas afectadas pela tempestade em S. Vicente, especificou que o ME está já em condições de avançar com a reconstrução dos muros de protecção, a substituição de telhados e de tectos falsos e ainda a reposição de equipamentos, nomeadamente computadores. Este é o caso, por exemplo, da Escola Técnica do Mindelo, que perdeu vários equipamentos usados nas oficinas.
Amadeu Cruz reconhece que algumas infraestruturas não apresentam neste momento as melhores condições para as aulas, mesmo assim endereçou uma mensagem de confiança aos professores e encarregados de educação. Salientou que o ME quer dar o seu contributo para a normalização da vida económica e social nas ilhas afectadas pela chuva torrencial com o arranque do ano lectivo.
“Naturalmente que não temos as melhores condições nas escolas, mesmo assim arrancamos com as aulas para transmitir esta confiança à sociedade mindelense e a Cabo Verde, uma mensagem de que somos resilientes. A partir de S. Vicente podemos transmitir esta mensagem de que somos capazes de ultrapssar as dificuldades”, salientou o governante, que ontem visitou duas escolas e esteve com o presidente da Câmara de S. Vicente.
O ministro revelou que algumas unidades perderam materiais didáticos, como manuais, e gêneros alimentícios destinados às cantinas. Adiantou que o stock de alimentos já foi reposto e iniciada a reconstrução de muros de proteção para dar segurança às crianças e professores. Em paralelo estão a providenciar a reposição dos manuais escolares.
Amadeu Cruz mostrou-se grato pela rápida resposta da sociedade civil, que se mobilizou e ajudou a debelar as dificuldades causadas pelo temporal. Assegura que há um empenho para o retorno paulatino à normalidade, nomeadamente no sector da educação.
