Realojados permanecem no Liceu Augusto Pinto devido a previsão de nova onda tropical 

Os moradores das zonas de risco realocados no Liceu José Augusto Pinto e que deveriam regressar às suas casas na tarde de segunda-feira, afinal vão permanecer no local, anunciou hoje o Gabinete de Crise, justificando esta decisão com a previsão de uma nova onda tropical no final desta semana, segundo informações do Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica.  

“Continuamos com as pessoas evacuadas no Liceu José Augusto Pinto, porque continuam as  avaliações de risco nas zonas.Estamos a trabalhar com o Instituto de Meteorologia  e Geofísica, com as informações das previsões meteorológicas, e por isso, as pessoas vão continuar evacuadas neste espaço”, informou a porta-voz do Gabinete de Crise em conferência de imprensa, reforçando que o único motivo para este seu ‘volte-face’ é a previsão de uma nova onda tropical para os dias 22 e 23.

Vitória Veríssimo anunciou ainda o início da produção de água pela Electra, mas avisou que os reservatórios precisam ser limpos. “Foi feita uma colheita de amostras de água no laboratório para análise da qualidade. E a Electra nos informou que na quinta-feira começa a distribuição, conforme estava previsto,” clarificou esta responsável.

Até lá, afirmou, a Proteção Civil continuará a fazer distribuição de água através de dois auto-tanques, que vão todos os dias à ilha de Santo Antão e regressam no barco da tarde. Continua a ser feito o abastecimento do Hospital Baptista de Sousa e Centros de Saúde pela Electra, mas também às sentinas públicas e as algumas comunidades. Hoje, por exemplo, serão contempladas Pedra Rolada, Portelinha, Covada de Bruxa, Dji d’ Sal e Chã d’ Vital

Enquanto isso, as equipas das Forças Armadas continuam a fazer a limpeza das ruas e das casas. “Temos recebido muitas solicitações de pessoas e o apoio tem sido imediato. Continuamos a ter pessoas nos três centros de acolhimento. Devo dizer que também ontem recebemos dois contentores de doações. Foram especificamente direcionados para o Serviço Nacional de Proteção Civil e Bombeiros para serem distribuídos à população,” detalhou a porta-voz.

Vitória Veríssimo explicou que o Gabinete de Crise tem ao seu dispor dois armazéns para receber as doações e que também podem servir de suporte às associações comunitárias que estão no terreno a ajudar com vestuário, produtos de primeira necessidade e alimentos. 

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