O cabecilha do grupo de seis indivíduos detidos – três homens e três mulheres – em várias zonas da cidade da Praia, envolvidos na falsificação de documentos que eram oferecidos a cidadãos interessados em obter vistos para Portugal, através da Embaixada de Portugal em Cabo Verde, em prisão preventiva. Os outros cinco terão de se apresentar periodicamente às autoridades policiais.
A detenção ocorreu no dia 18 do corrente, através da Secção Central de Investigação de Corrupção e Criminalidade Económica e Financeira (SCICCEF), que cumpria mandados de busca promovidos pela Procuradoria da Comarca da Praia e emitidos pelo 1.º Juízo Crime da Comarca da Praia.
Os seis indivíduos têm idades compreendidas entre os 29 e os 52 anos, sendo cinco de nacionalidade cabo-verdiana, enquanto o sexto, o cabecilha do grupo, é natural da Guiné Conacri. São suspeitos de prática de vários crimes, nomeadamente burla qualificada, falsificação de documentos, posse de armas de fogo, assunção de falsa identidade e formação de quadrilha ou bando.
O grupo, detido fora de flagrante, supostamente estava envolvido na falsificação de documentos fraudulentos, que eram oferecidos a cidadãos interessados em obter vistos para Portugal, através da Embaixada de Portugal. Os documentos eram vendidos com o objectivo de garantir a emissão de vistos.
A PJ informa ainda que o cabecilha do grupo é reincidente, isto é violou a medida de coação pessoal que lhe tinha sido imposta, consistindo na apresentação periódica às autoridades policiais. O sujeito em questão já tinha sido apresentado ao Tribunal pelos crimes de falsa identidade, condução ilegal, posse de armas de fogo, burla e falsificação de documentos.
Durante a operação, foram apreendidos documentos, aparelhos de telemóveis, dispositivos de armazenamento (pen drives), tablets, um computador portátil e uma viatura pertencente ao líder do grupo. Já os detidos foram apresentados às autoridades judiciais para o primeiro interrogatório e o Tribunal da Praia decidiu aplicar a apresentação periódica às autoridades policiais a cinco dos arguidos, enquanto ao líder do grupo foi decretada a prisão preventiva.