O presidente do Sindicato da Indústria, Agricultura, Comércio e Serviços Afins efectuou ontem um encontro com a administração do Porto da Praia, seguido de uma visita guiada, e afirmou ao Mindelinsite que existe neste momento um clima de paz e estabilidade laboral no tocante à classe de estiva. Gilberto Lima confessou ter ficado extremamente agradado com as condições dos estivadores no referido porto, que hoje têm à disposição um refeitório digno, sala de repouso – enquanto aguardam a carga ou descarga dos navios -, sala de reunião, casas-de-banho com cacifo e auferem ainda melhores rendimentos. Segundo o sindicalista, hoje um estivador pode ganhar até 170 contos mensais, consoante o movimento portuário.
“Podemos afirmar com todas as letras que saímos bem confortáveis e satisfeitos do encontro porque vimos melhorias e perspectivas de desenvolvimento”, assinalou Gilberto Lima em conversa com este jornal digital. “Sem entrarmos no âmbito do elogio gratuito, posso dizer que vi alto extraordinário.”
A reunião partiu de uma carta remetida pelo Sindicato à Enapor, que resolveu convidar o presidente do Siacsa para ver in loco as infraestruturas do Porto da Praia e ficar a par das informações sobre o funcionamento da empresa, nomeadamente no domínio dos recursos humanos.Lima foi recebido por Nelson Freire, Administrador-delegado do Porto da Praia, e por Jesele Dias, chefe do serviço da mão-de-obra portuária.
Para o dirigente sindical, o facto de a Enapor ter criado uma chefia para se relacionar directamente com os estivadores é uma medida que merece ser destacada. “Constatamos que esta gestão não tem nada a ver com a anterior, que, diga-se, era pouco dialogante. Em tempos fizemos manifestações e até greves, mas hoje praticamente não há conflitos laborais no Porto da Praia”, salienta Gilberto Lima.
Questionado se o sindicato não tem mais reivindicações importantes a fazer, Gilberto Lima responde que numa empresa com muitos trabalhadores haverá sempre problemas por resolver. Porém, diz, os existentes neste momento não têm grande dimensão. “Pode haver casos relacionados com o peso das paletes de carga, por exemplo, mas actualmente está tudo num sistema. E a possibilidade de falcatrua é praticamente inexistente”, frisa.
No final do encontro, o presidente do Siacsa foi recebido pelo PCA da Enapor, Irineu Camacho, que o convidou para efectuar uma vista ao Porto Grande do Mindelo.
