Portugueses e marroquino detidos em veleiro na ZEE por suspeita de tráfico internacional de drogas proibidos de sair de C. Verde

Os três cidadãos – duas de nacionalidade portuguesa e uma marroquina – detidos numa operação por via marítima na Zona Económica Exclusiva de Cabo Verde por suspeita de tráfico de droga de alto risco, associação criminosa e lavagem de capitais ficaram sujeitos à apresentação periódica e interdição de saída do país. Durante a operação, foram apreendidos um veleiro que, segundo as autoridades, estes utilizavam para o transporte de estupefacientes do Brasil com destino à Europa, quantias em dinheiro e outros elementos de prova. 

Estas informações constam de um comunicado emitido pela Polícia Judiciária, que revela ainda que a operação foi realizada no último domingo, 16 de novembro, no quadro do plano de combate ao tráfico de droga por via marítima. Colaboraram nesta operação, a par da PJ de Cabo Verde, o Maritime Analysis and Operations Centre-MAOC (N), a Guardia Civil Espanhola e a Marinha Naval de Mauritânia. 

“Resultou de trocas de informação entre a PJ cabo-verdiana e parceiros internacionais, tendo esta polícia disponibilizado meios de intercepção para abordar o navio veleiro quando este se encontrava na ZEE de Cabo Verde”, relata a nota desta polícia de investigação, indicando ainda que, no decorrer da operação foi apreendido um navio veleiro que os suspeitos utilizavam para o transporte de avultadas quantidades de cocaína, entre outras drogas, do Brasil com destino à Europa. 

Valores monetários apreendidos

Foram apreendidos ainda, no interior da embarcação, dinheiro em moeda estrangeira, nomeadamente 6.875 euros e 120.396 reais. Durante as buscas no veleiro foram igualmente apreendidos outros elementos de prova, como por exemplo telefones por satélite, balança de precisão e equipamento de navegação 

Quanto aos três detidos, foram indiciados pela prática em coautoria dos crimes de tráfico internacional de droga de alto risco, associação para o tráfico e lavagem de capitais. O Tribunal da Comarca da Praia entendeu aplicar-lhes as medidas de coação de apresentação periódica às autoridades e interdição de saída de C. Verde. Vão aguardar, por isso, os trâmites do processo na Cadeia de São Martinho. 

Entretanto, diz esta polícia, as investigações prosseguem. 

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