Perigo à espreita nas estradas do Mindelo: Plantas nos separadores colocam em risco pedestres e condutores

O tamanho e volume das plantas nos separadores de algumas estradas da cidade do Mindelo têm causado incómodo aos condutores e peões que circulam nestas vias. É que as plantas – que ornamentam locais como as rotundas de “Pósse” e Ribeira Bote, Avenida Marginal e Rua de Praia d’Bote -, também colocam em risco tanto os condutores, que não conseguem ver os outros carros nas intercepções das vidas, como os pedestres ao atravessarem as passadeiras.

O instrutor de trânsito, Francelino “Madrinha” Monteiro, chama a atenção das autoridades competentes na matéria para esta situação, que, diz, é mais crítica para os condutores de automóveis pequenos. “As construções na estrada devem ser feitas de forma a não impedir a visibilidade dos condutores. Não se pode construir plantações nas vias que depois vão criar perigo no trânsito, caso contrário onde fica a segurança rodoviária?”, questiona.  Na aproximação das passadeiras e das intercepções, segundo Francelino, as árvores deveriam ser mais baixas, de modo a não interferirem na segurança da condução.

“As plantas são muito bonitas, mas colocam vidas em risco, pois tiram completamente a visibilidade ao condutor. Eu tenho dirigido com medo nas avenidas, principalmente onde existem saídas e passadeiras”, conta uma motorista que, há poucos dias, esteve prestes a ser abalroada por outra viatura na praia da Laginha, por conta da pouca visibilidade causada pelas plantas. “Por pouco não me envolvi em um acidente. Como o meu carro é pequeno fica praticamente escondido pelas plantas. Entretanto, vinha um carro maior e quase embateu no meu. Fiquei tão assustada que tive de parar o meu automóvel um pouco para me relaxar e voltar a conduzir”, conta Samira Chantre.

A mesma situação acontece noutros pontos da cidade, em particular em frente à Delegacia de Saúde, do banco BAI e em toda a Avenida Marginal. “Se não tivermos muito cuidado vamos ter acidentes todos os dias. A Câmara Municipal de São Vicente deve optar por plantas mais pequenas, ou então podar com frequência as existentes. É preciso tomar uma medida”, acrescenta Samira Chantre.

O condutor Nilton Fortes, conta que, no passado Domingo, dois carros colidiram na Avenida Marginal, quando uma pessoa entrou na passadeira sem ser vista pelo condutor que ia à frente. “De imediato, fez uma paragem brusca para evitar um atropelo e acabou sendo atingido pela viatura que vinha logo atrás”, explica.

Da mesma forma, Jorge “Lol” considera que, só não tem tido problema, devido a sua elevada atenção e prudência nas estradas. Tenta sempre perceber, de longe, se há pessoas perto das passadeiras. “As pessoas podem chegar e entrar nas passadeiras porque não conseguem ver os carros, e vice-versa.”

A utente Arilene Pires, que trabalha nos arredores da Avenida Marginal, conta que, sempre que precisa atravessar as passadeiras, tem de parar e “espreitar” para ver se aproxima algum veículo. “Com o meu filho no colo então o perigo é redobrado.”

A Câmara Municipal de S. Vicente está ao corrente das preocupações dos utentes, mas, conforme apurou o Mindelinsite, já começou a podar as árvores nos pontos mais críticos da cidade. Segundo uma vereadora, a edilidade deixou criar as árvores para depois poder fazer uma poda artística e embelezar o centro urbano. Porém, devido as críticas, decidiu avançar com o corte das plantas e reduzir a altura das mesmas.

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