Peixeiras de São Vicente realizam passeata contra a violência sobre as mulheres 

A Associação de Peixeiras de São Vicente realiza na tarde deste sábado, 25, uma passeata do Mercado de Peixe à Praça Dom Luíz sob o lema “Não se cale”, com o propósito de acabar com a violência sobre as mulheres. A iniciativa conta com a parceria da Organização das Mulheres de Cabo Verde (OMCV) e o Instituto Cabo-verdiano da Igualdade e Equidade de Género (ICIEG).

De acordo com Heidy Delgado, a concentração está marcada para as 14h30, com saída meia hora mais tarde. Os participantes vão caminhar até a “Estátua do Pássaro”, defronte a Praça Dom Luiz,  e regressar ao mercado. “É uma pequena passeata para assinalar o Dia Internacional da não violência contra as mulheres, organizada pela Associação de Peixeiras, em parceria com a OMCV e o ICIEG.”

Os participantes estarão munidos de cartazes com apelos à não violência contra as mulheres, segundo esta porta-voz. “Entendemos que este é um dia marcante de luta sobre a não violência contra as mulheres. Infelizmente, a nossa associação e estas duas organizações nunca fizeram uma atividade para assinalar esta data”, ressaltou, lamentando que a Associação de Peixeiras S. Vicente tenha descoberto só agora que a sua congênere ‘Acreditá na Bó’ vai fazer, no mesmo dia, uma manifestação.

Não foi possível fazermos uma atividades em conjunto. No entanto, como temos um projecto patrocinado pela Cooperação Espanhola decidimos entendemos que era uma boa ideia fazer esta passeata a volta deste tema, que é muito importante para nós, enquanto mulheres e associação”, reforça Heidy Delgado, que se mostra confiante na participação de pelo menos uma centena de pessoas, no caso membros da Associação de Peixeiras de São Vicente. 

Mas gostaríamos que mais pessoas se juntassem a nós nesta luta. Já fizemos a divulgação da nossa atividade entre as peixeiras e enviamos cartazes para OMCV. Infelizmente, ainda não conseguimos afixar nas ruas porque estávamos a aguardar autorização da Polícia Nacional. Mas hoje vamos distribuir cartazes pelas ruas. Também contactamos o departamento da PN de apoio a vítima, outras organizações e ginásios ou lugares onde as mulheres costumam fazer treinos e outras atividades. “

Heidi deixa claro que esta passeata não tem como público-alvo apenas mulheres. Está aberta a todos, mulheres, homens e crianças. “Queremos chegar ao máximo de mulheres possível sim, mas esperamos que haja uma participação de todos porque a violência é um tema transversal”, finaliza.  

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