Parada “Mindelo Pride” com pouca adesão dos sanvicentinos

A ilha de São Vicente recebeu no final da tarde deste sábado a 7ª edição da parada do orgulho LGBT Mindelo Pride, evento cultural que defende os direitos dos homossexuais, lésbicas, transexuais e simpatizantes desta causa. Este ano a adesão do público ficou muito aquém do previsto, facto que a presidente da liga LGBT atribui as limitações impostas pela pandemia da Covid-19, mas também ao horário.

Num exclusivo Mindelinsite, a presidente da Associação LGBT de São Vicente, Anita Faiffer, afirmou que o importante não é a quantidade, mas sim passar a mensagem de igualdade e tentar sensibilizar os governantes a sua luta.  “Este ano o nosso lema é ´Do povo, pelo povo e para o povo`. Queremos sensibilizar os nossos governantes para levar a Casa Parlamentar a criminalização da LGBTI fobia para que Cabo Verde seja de todos e para todos”, pontuou.

Questionado sobre as razões para a fraca adesão dos mindelenses a parada Mindelo Pride, tradicionalmente abertos à este tipo de evento, Anita escuda-se na pandemia da Covid-19 e também no horário pouco convidativo para o desfile, realçando que a parada estava marcado para às 17 horas, altura com sol a pique e com muito calor. “Felizmente, estamos a conseguir passar a nossa mensagem e mostrar que a opção sexual não define uma pessoa. Ninguém pode ser discriminado por isso. Somos todos iguais. Aliás, sempre dissemos que, na igualdade, não há divisão”.

A parada estava marcada para iniciar as 17 horas, a partir da Praça Dom Luís, seguindo o percurso dos desfiles de Carnaval. Acabou por arrancar depois das 18 horas, mas os participantes não desmobilizaram. Ao contrário, trajados a rigor, fizeram um desfile muito colorido e animado. No término, estava previstos discursos da presidente da Associação, Anita Faiffer, e actuação de artistas LGBT na Praça Dom Luís.

Foi em 2013 que São Vicente recebeu a primeira parada do orgulho gay, a favor da igualdade das pessoas lésbicas, gays, bissexuais e transsexuais. Em 2018, Cabo Verde aderiu a rede mundial de defesa dos direitos LGBI. Desde então, o movimento tem-se expandido por quase todas as ilhas do arquipélago.

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