A Organização das Mulheres de Cabo Verde, delegação do Mindelo, está “muito satisfeita” com a generosidade demonstrada pelos parceiros nacionais e internacionais que neste início do ano já começaram a apoiar as causas sociais da ONG. De acordo com a delegada, Fátima Balbina Lima, as perspetivas são “boas”, dado o plano de atividades da instituição para este ano.
“Recebemos donativos de colaboradores da OMCV em São Vicente, de empresas nacionais e de parceiros na Itália e de Luxemburgo. É um sinal promissor das boas perspetivas que temos pela frente”, garante a delegada.
De Luxemburgo a organização recebeu esta semana doações recolhidas pela jovem cabo-verdiana Nathalie Gomes, que enviou três tambores com 50 mochilas e outros materiais escolares, máscaras e roupas. “Em Luxemburgo também temos sido condicionados por causa da pandemia, os lugares fecham as portas cedo, alguns serviços não estão a funcionar, costumava fazer bolos e outras coisas para vender num café aqui, para enviar para Cabo Verde”, garante a jovem, que é quem recolhe os donativos e, por vezes, vende algumas das suas roupas, online, para enviar os produtos à ONG.
Outro motivo de alento da organização em São Vicente tem sido os custos alfandegários que a delegada garante estarem a ser isentados por serem produtos destinados à população mais vulnerável na ilha. “Tanto o despachante Silvestre, como a Alfândega e a Enapor têm sido grandes parceiros, permitindo-nos receber doações do exterior sem pagar os custos burocráticos usuais alfandegários”, assegura.
Segundo a entrevistada do Mindelinsite, grande parte dos produtos recebidos serão entregues nas comunidades periféricas da ilha e outros colocados à venda a um preço simbólico na feira de ocasião, às sextas-feiras e o valor destinado a pequenos empreendedores, através do crédito social.
