OMCV faz balanço positivo do ano e termina as atividades a distribuir presentes nas comunidades


A Organização das Mulheres de Cabo Verde termina o ano 2021 com a entrega de mais de 200 presentes a crianças nas comunidades periféricas da ilha de São Vicente.

A delegada da OMCV em S. Vicente faz balanço positivo das atividades realizadas pela organização em 2021 – com destaque para as formações, a implementação da OM Crédito, requalificação de casas-de-banho – e projeta a continuidade dos projectos no próximo ano. “Chegamos hoje com a sensação de dever cumprido porque os objetivos que traçamos para este ano no nosso programa de atividades foram alcançados. Desde formações de mulheres, conseguimos melhorar as condições do jardim Arco Iris na Bela Vista, comemoramos os nossos 40 anos de existência, conseguimos abrir a Agência OM Crédito a 27 de Março, que tem trabalhado junto de mulheres e homens no apoio com créditos”, elenca Fatima Balbina Lina, delegada da OMCV na ilha do Monte Cara.

Esta gestora acrescenta ainda na lista os projetos ecológicos que deverão continuar para o ano, como a produção de bolsas de compras e de pensos reutilizáveis. “Pensamos em 2022 ampliar o projeto de distribuição de bolsas. Igualmente através da parceria com a Associação Volunturismo São Vicente conseguimos realizar formações e produzir pensos reutilizáveis, que é um projeto que, passada a fase experimental, temos em carteira para o próximo ano”, garante. Ainda, sublinha o papel da organização no apoio a pequenos empreendedores com créditos sociais, que tinham sido afetados pela pandemia e puderam começar ou recomeçar seus negócios.

O último projeto que diz ter sido bem-sucedido é o programa natalício envolvendo crianças desfavorecidas. “Tínhamos pensado em oferecer 50 presentes às crianças do jardim da Bela Vista, mas conseguimos ultrapassar os 200 presentes.” Balbina atribui mérito também aos parceiros que apostaram nos projetos, como as formações em conjunto com o Instituto do Emprego e de Formação Profissional, financiamento da Fundação para a Educação de Meninas e Jovens em África, sediada na Suíça, Fundação Fogo’s Kinders – que apostou na melhoria das condições do jardim da Bela Vista ‘, entre outras pessoas, empresas e instituições nacionais e internacionais. O sentimento perante estes diz ser de “gratidão” porque encontrou parceiros incansáveis que ajudaram a OMCV a chegar ao fim do ano com a sensação de dever cumprido.

Para 2022 a aposta nas formações irá continuar e elenca novos projetos como um que deriva de uma parceria com o centro Djunta Mon da Ribeira Bote, através do seu coordenador Alveno Soares. “A associação trouxe-nos mais-valia através de um volunturista suíço, porque já iniciamos um trabalho de ampliação do nosso jardim infantil, para podermos receber mais crianças. Por ser um jardim social, com propina mínima, há muita procura todos os dias e por isso, com a criação de mais uma sala, iremos conseguir receber mais crianças”, assegura.

Entretanto Fátima Balbina lamenta que este ano não tenha corrido tudo como deveria. Neste sentido, enfatiza a delegada o fraco envolvimento de voluntários nos projectos, com a amplitude do acontecido nos anos anteriores à pandemia, prática que ela pretende recuperar em 2022. “Em 2020 diminuímos o número de voluntários e em 2021 sentimos a necessidade de ter mais colaboradores voluntários a trabalhar com a OMCV para que realmente tivéssemos um melhor desempenho. Ao mesmo tempo ficamos aquém da cobertura das zonas periféricas e fora da cidade em que considero que o nosso desempenho foi fraco, por dificuldades de transporte e porque não era permitido fazer aglomeração de pessoas”, explica.

Balbina espera que a pandemia “dê alguma trégua” em 2022, para alargar o campo das comunidades que pretende abranger, para não trabalhar apenas com famílias que vivem próximas da cidade.

Sidneia Newton

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