Faleceu em Portugal, o ministro pioneiro dos Transportes e Telecomunicações pós-independência de Cabo Verde, embaixador e combatente da liberdade da pátria, Herculano Vieira. Figura incontornável da história política e diplomática do arquipélago, o funeral está marcado para o próximo dia 17 de junho.
Em uma curta publicação, o Presidente da República escreve que Cabo Verde está de luto. “Morreu um homem grande e bom das ilhas. Herculano Vieira fez-se no leme de muitos barcos. Aderiu à luta de libertação nacional, foi o primeiro ministro dos Transportes e Telecomunicações de Cabo Verde independente, ministro-Adjunto do Primeiro-ministro, com residência em São Vicente, e Embaixador de Cabo Verde em Portugal”, detalha José Maria Neves.
O Chefe de Estado conta que conheceu o antigo governante pessoalmente no seu regresso do Brasil. Na altura, detalha, Vieira trabalhava na reforma administrativa e, mais tarde, como Diretor do CENFA e formador em Teoria das Organizações, Administração Pública, Liderança e Planejamento Estratégico.
Também a Embaixada de Cabo Verde em Portugal manifesta “profundo pesar” pelo falecimento do diplomata que, ao longo da sua vida, “distinguiu-se pelo seu inestimável contributo à causa nacional, tendo desempenhado, com elevado sentido de missão e dedicação, importantes funções públicas, entre as quais as de ministro dos Transportes e Comunicações e deputado nacional.”
“Em todas essas funções, pautou-se por um profundo compromisso com os valores da liberdade, do progresso e do desenvolvimento de Cabo Verde”, acrescenta o serviço diplomático, aproveitando para endereçar à família enlutada, aos amigos e ao povo cabo-verdiano as mais sentidas condolências, rendendo homenagem à memória de um homem cuja vida foi dedicada ao serviço da nação.
Segundo a embaixada, o corpo estará em velório no dia 17 de junho no crematório do Barreiro e o funeral realiza-se no mesmo dia, pelas 12.30h, no mesmo espaço, antecedido de um serviço religioso.
Herculano Vieira, refira-se, licenciou-se em Direito e radicou-se em Portugal desde a década de ’90. Era tido como um homem de fino trato, discreto e amigo, que se entregou de corpo e alma às causas da liberdade e da dignidade humana, tendo participado ativamente no processo de reconstrução nacional.