Os moradores do Alto de Craquinha estão inconformados com a escuridão na sua zona. Já procuraram a Câmara Municipal e a Electra, sem sucesso. Inconformados, decidiram fazer um abaixo-assinado, rubricado por todos os moradores, para tentar pressionar quem de direito. Dizem que são alvos de frequentes assaltos, roubos e casubody e os amigos e familiares recusam a visitá-los por causa do risco de serem atacados no escuro.
Jailson Monteiro, um dos moradores que tem vindo a bater para tentar resolver o problema da falta de iluminação pública na zona, conta que há anos se debatem com a falta de luz no seu bairro. Mas a situação agravou-se depois que outras localidades, designadamente Ribeira de Craquinha, Fernando Pó e Horta Seca foram contempladas com iluminação pública.
“Na altura, entramos em contacto com as autoridades para saber se Alto de Craquinha também seria contemplada com iluminação pública, mas nunca tivemos resposta nem da Câmara Municipal e nem da Electra. Decidimos então avançar com uma abaixo-assinado, que foi rubricado por todos os moradores. Continuamos sem resposta. Estamos a falar de uma localidade que já tem água canalizada, calcetamento e esgoto, que continua sem luz.”
Mas os moradores estão descontente sobretudo com o silêncio das autoridades, principalmente por conta da insegurança. É que, segundo Jailson Monteiro, há relatos frequentes de assaltos, roubos em residências e casubody. Por causa disso, prossegue, raramente recebem visitas e, quando acontece, são obrigados a acompanhá-los até as ruas iluminadas para minimizar os riscos. “Temos estudantes que terminam as aulas às 19 horas e têm medo de voltar para casa. Trabalhadores que diariamente, são obrigados a andar pelo bairro no escuro. É muito complicado“, pontua.
Para reforçar esta luta, segundo Jairson Monteiro, os moradores se organizaram em um movimento em prol do bairro e estão determinados a prosseguir a sua busca por melhorias da condição de vida. No caso em concreto, levar iluminação pública para Alto de Craquinha.