Mentor Andrade afirma que A. Neves ignorou a maioria dos vereadores sobre festa na Rua de Lisboa

A maioria dos vereadores foi ignorada pelo edil Augusto Neves sobre o anúncio da festa de passagem de ano na Rua de Lisboa. A informação foi avançada há momentos por Anilton Andrade na sua página no Facebook, poucas horas depois de o Primeiro-ministro afirmar que estão proibidas todas as actividades na via pública no dia de S. Silvestre, inclusive na Rua de Lisboa, devido ao aumento dos casos de Covid-19 em Cabo Verde.

“Sobre a realização da festa de final de ano na Rua de Lisboa somos a informar que os Vereadores (a maioria) da CMSV não foram tidos nem achados nessa tomada de decisão, pelo que tomaram conhecimento dessa pretensão através da comunicação social”, enfatiza Andrade, que atribui ao autarca Augusto Neves toda a responsabilidade sobre essa medida. Assegura que isso aconteceu sem o apoio e aprovação dos eleitos pela lista da UCID, onde se inclui.

Segundo Anilton Andrade, os vereadores da UCID já manifestaram ao presidente da CMSV a sua repulsa pela realização de um concerto na Rua de Lisboa, que pode juntar milhares de pessoas em plena aceleração da pandemia a nível mundial e com Cabo Verde a começar a sentir os efeitos colaterais. “Aliás, os dados dos últimos 14 dias, ou seja, de 13 a 26 de dezembro, retratam um aumento exponencial de casos no nosso arquipélago. Numa média diária de 650 amostras analisadas, permitiu identificar 592 novos casos, correspondendo a uma média de cerca de 42 casos por dia e uma taxa de positividade de 6,6 %, dados que desaconselham qualquer atividade que possa propiciar a aglomeração de pessoas”, salienta o citado vereador.

Para Andrade, as campanhas eleitorais não foram um bom exemplo, contudo, diz, cabe à edilidade e às autoridades privilegiar as boas práticas e o bom-senso. Desta forma, apelou a todos os mindelenses e às pessoas que visitam S. Vicente para que sejam ponderados e cientes dos efeitos adversos dos ajuntamentos populares. Lembrando que a pandemia continua todos os dias a assolar o país.

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