Mantorras pede terreno para construir casa: “Vivo em condições precárias em uma região hostil”

Mantorras é uma figura de São Vicente. De nome próprio Jandir Gomes, conta que teve poliomielite em criança, também conhecida por paralisia infantil, que lhe deixou com sequelas. Apesar disso, vive sozinho numa das residência do complexo “Casa para todos” em Vila Monte. Este garante que, para além das condições precárias, está localizado numa região remota e insegura, aonde já foi roubado e agredido. Por isso, pede um terreno para construir a sua casa em uma outra zona. 

Em entrevista ao Mindelinsite, o jovem conta que, para fugir da situação, solicitou a edilidade mindelense que lhe conceda um terreno para que possa construir a sua moradia, com ajuda de “pessoas de boa vontade”. Isto porque, no lugar onde reside atualmente, está em perigo. Também contesta a localização remota, o que dificulta a sua locomoção, tendo em conta as suas limitações.

Se não bastasse, Mantorras afirma que é constantemente acusado pela edilidade de arruinar a casa de banho da própria habitação. Explica que a agua que abastece o complexo é canalizada, mas a Electra não disponibiliza esse recurso e, após a casa de banho da sua residência ter sido destruída por meliantes, a edilidade se recusa categoricamente a disponibilizar-lhe até mesmo bidões de agua, afirmando que as suas viaturas não se deslocam para Vila Monte.

Mantorras diz-se feliz com o seu oficio, ligado a cultura, mais precisamente com as festas de populares. Mas lamenta s “graves dificuldades” de locomoção que enfrenta por residir numa zona onde as ruas não dispões de iluminação, o que agrava a questão do perigo constante, vandalismo e agressões físicas. A estes junta-se ainda a falta de uma casa de banho e de água. 

Anteriormente vivia em Chã de Vital em condições precárias. Exigiu este um apartamento no Complexo Vila Monte mas, de acordo com as suas palavras, a  sua situação agravou-se ainda mais, pois agora teme pela sua vida. É por isso que decidiu recorrer à imprensa para lançar este apelo público por ajuda, principalmente por parte da Câmara Municipal mas também de outras entidade ou empresa. 

Andrea Lopes (Estagiária)

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