Mais de meia centena de “mulheres da justiça” entregam à OMCV alimentos destinados à população carenciada

Mais de 50 mulheres ligadas à Polícia Nacional e a outras instituições da justiça em São Vicente juntaram-se em campanha e disponibilizaram ontem à tarde meia centena de cestas básicas à Organização das Mulheres de Cabo Verde, destinadas a pessoas desfavorecidas. Trata-se de uma ação conjunta que partiu da Polícia Nacional, de acordo com a representante do grupo, Elsa Almeida, de ações sociais que periodicamente desenvolvem e envolveu mulheres de outras diferentes instituições como Bombeiros, Polícia Judiciária, Tribunal, a Procuradoria, as Forças Armadas e a Cadeia Civil.

“Esta iniciativa já existe há algum tempo porque o gabinete de apoio à vítima vem fazendo um grande trabalho de cariz social junto do Comando Regional e das outras unidades. Temos a Polícia Marítima, a Fiscal, a de Ordem Pública, temos o comando de investigação criminal, polícia militar e temos vindo a fazer este trabalho social”, diz Elsa Almeida, coordenadora do gabinete de apoio à vitima de VBG.

Dos locais que beneficiaram anteriormente constam lares de idosos e comunidades desfavorecidas. A policial garante que, quando estiveram a preparar a programação para este ano, a primeira ideia foi a recolha e entrega de donativos. A época de pandemia foi um dos fatores que impulsionou ainda mais a campanha desenvolvida por estas mulheres. “A campanha foi feita pelas mulheres, mas os donativos vieram das diferentes pessoas das instituições”, esclarece a referida fonte.

Um “junta mon” que rendeu cinquenta cestas básicas. A campanha contou com a colaboração da OMCV em São Vicente, que disponibilizou dados sobre as pessoas desfavorecidas, que foram beneficiadas. De acordo com Elsa Almeida, há outros projetos sociais em vista e deixa à população uma mensagem de incentivo à solidariedade.

“Quero pedir que haja mais ações sociais deste tipo porque é algo que tem efeito para quem pouco tem, porque, apesar de não conseguirmos tirar a pessoa da pobreza com estas doações, pelo menos é uma luz, um sorriso que lhes oferecemos. É uma preocupação a menos se têm um saco de comida, que pode durar quatro dias“, salienta Elsa Almeida.

Sidneia Newton

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