O Instituto de Engenharias e Ciências do Mar (Isecmar) foi alvo de pelo menos dois furtos consecutivos nos dias 28 e 29 de março – resultando num prejuízo na ordem dos 450 mil escudos -, uma nova tentativa no domingo, 30, e outra na noite de segunda para terça-feira, as duas últimas sem sucesso. Os dois primeiros furtos foram captados por câmaras de vigilância interna e as filmagens já foram entregues à Polícia Judiciária, que está neste momento no terreno.
Localizado na zona de Chã de Marinha, um dos bairros periféricos de São Vicente que vem sendo fustigado por furtos e roubos, o Isecmar entrou definitivamente na mira dos meliantes. Em um exclusivo Mindelinsite, o presidente do instituto confirmou que nos dias 28 e 29 a instituição foi alvo de dois furtos consecutivos. “Entraram nos Serviços Académicos por volta das 20h30 e saíram depois das 2 horas da madrugada. Foram subtraídos vários itens – seis computadores, uma impressora e um scanner – , num valor estimado de 450 mil escudos”, declarou José Mendes.
No domingo, 30 de março, prossegue, o instituto foi novamente violado, agora no Bloco B. Desta vez optaram por quebrar uma janela de vidro, mas, pelo levantamento inicial feito pela direcção, não foi levado nada. “Regressaram novamente na noite de segunda para terça-feira e, ao que tudo indica, também não conseguiram retirar nenhum objecto do Isecmar”, detalha o presidente. Este garante que o instituto tem vindo a reforçar a sua segurança com mais vigilantes e instalou câmaras internas, mas, ao que parece, o Isecmar entrou no radar dos meliantes.
Todos os furtos e as tentativas frustradas, segundo esta nossa fonte, foram registados pelas câmaras e as filmagens já foram passadas à Polícia Judiciária. O próximo passo, garante, é articular com a Polícia Nacional no sentido de reforçar as patrulhas na zona, tendo em conta os muitos assaltos que vêm sendo reportados também pela população. “Tem sido, deveras, muito complicado. E, no caso do Isecmar, fica mais difícil precaver porque temos vários blocos, o que dificulta a segurança. Por outro lado, temos um terreno ao lado das instalações da CVTelecom, onde existe uma vedação e algumas acácias que ficam fora da nossa vigilância.”
Como forma de minimizar os riscos, prossegue José Neves, o Isecmar tem feito alguma manutenção no local e podado as acácias. Também reforçou a sua segurança com equipamentos de videovigilância, que registaram os furtos nos Serviços Académicos, cujas imagens já estão na posse da PJ. “Também há câmaras de vigilância na rua, por isso temos esperança de recuperar os produtos roubados.”
Em 2023, o Isecmar já tinha sido alvo de um furto substancial. Na altura, os meliantes entraram no Departamento de Ciências Biológicas e subtraíram alguns equipamentos de laboratórios. O prejuízo foi à volta de 500 mil escudos, diz Neves, que se mostra aliviado porque os controlos dos Serviços Académicos foram mudados e atualmente o sistema de gestão e a base de dados estão protegidos.
