Um grupo de oito jovens santantonenses, integrantes do Projecto Terra d’ Soded”, está a desenvolver acções de cidadania, cultura e raiz em toda a ilha de S. Antão. Querem estar junta das pessoas e dinamizar a cultura e o dia-a-dia da sua ilha, através de apoios e embelezamento das comunidades. No fungo, “Terra d´Soded” quer servir de canal para mostrar a realidade e expor as fragilidade das comunidades mais recônditas da ilha.
Segundo Carlos Lopes, coordenador deste projecto, Santo Antão surgiu como uma ilha piloto por conta das potencialidades por explorar. É uma ilha virgem, que está em desabrochar, diz. “Terra d´soded tem vindo a fazer um trabalho interessante em termos de divulgação dos acontecimentos que muitas passam despercebido, inclusive dentro da própria ilha de Santo Antão”, explica este jovem, para quem a ideia é estar mais perto das pessoas, através de doações, homenagens, arte educativa, de entre outros.
Neste sentido, uma das iniciativas aventadas por Lopes é a realização de um festival de dança, promovido por Terra d’ Soded, que tem ainda outras ideias a amadurecer e que espera concretizar no futuro. Formado em Turismo Rural e Comunidades, este líder diz que acabou por descobrir as potencialidades da ilha e também o muito que ainda existe por explorar.
“Se formos ver em termos culturais há ainda por explorar na ilha. Podemos trabalhar todo este potencial, junto com outros parceiros, e fazer emergir esta identidade própria de S. Antão”, frisa. Este garante que Terra d’ Soded é da responsabilidade de oito jovens, mas um número elevado de pessoas estão a aderir a causa. “Estamos abertos a todos que queiram ajudar.”
Um dos parceiros destacados por Lopes é a Associação Solidaria Intaentas de S. Vicente que, afirma, ao conhecer o trabalho de Terra d’ Soded feito em Bolona, no município do Porto Novo, decidiu fazer uma doação em roupas. O projecto vai aproveitar a quadra festiva para fazer uma feira solidária onde os moradores desta comunidade podem escolher peças de vestuário.
“Vamos também homenagear o ancião desta comunidade com uma pintura num mural nesta comunidade”, detalha este jovem, que diz esperar que outras pessoas venham também doar para ajudar as pessoas vulneráveis, sobretudo nesta altura em que podem levar um pouco de alegria para estas comunidades que não têm nem energia eléctrica e nem rede móvel.
Lidiane Sales (Estagiária)