O serão desta sexta-feira, dia 2 de julho, foi marcado na Cidade do Mindelo pela gala de comemoração dos 40 anos da Aldeias SOS, instituição ao serviço das famílias cabo-verdianas mais desfavorecidas. O evento teve lugar no auditório Onésimo Silveira e contou com a presença de vários colaboradores, padrinhos e artistas que abraçaram esta causa. Um encontro que visa não só comemorar o aniversário da organização, mas também agradecer aos que apoiam a iniciativa com doações e encorajamento.
Graça Gomes, diretora do centro social em S. Vicente, enfatiza que a gala foi para se comemorar, a nível nacional, os 40 anos da SOS em Cabo Verde e 15 de trabalho em conjunto com as famílias, padrinhos e colaboradores no Mindelo. Ela que se refere aos mindelenses como “pessoas de bom coração”, que incentivam o trabalho apesar de, na sua opinião, poderem fazer mais. Admite, no entanto, que a situação social e económica da ilha de S. Vicente não é favorável.
“Não trabalhamos sozinhos”
Mesmo não tendo um número exato, a diretora aponta um aumento de famílias carenciadas, denúncias de violência e enfatiza a importância das redes sociais como canais de divulgação do trabalho das aldeias, justificar as ajudas e estimular outras pessoas a fazerem parte da causa.
Ao longo dos anos, a organização tem apoiado várias famílias e associações através de formações, doações e outras formas para ajudar as crianças que procuram as aldeias em busca de afeto.
Maria Francisca “nha Bia” é membro da Aldeia SOS que ajudou a irmã, desde 2017 e a tem ajudado desde então com formações sobre VBG, transformação de alimentos e o fabrico de sabão, que hoje é a sua principal fonte de rendimento. O centro também a ajudou a nível familiar com a transmissão de valores e afeto.
Por seu lado, a artista mindelense Elly Paris, que actuou na gala, fez a promessa de ajudar aos outros o máximo possível. Deste modo, aceitou o convite para cantar evento e apadrinhar a iniciativa.
Outra pessoa presente na noite de ontem é Aurora Ramos, que abraçou a causa da Aldeia há 2 anos, a partir de uma mera “brincadeira” nas redes sociais. Daí em diante manteve o suporte por compreender que há crianças que passam por muitas dificuldades e necessitam de carinho e acesso à educação.
Andrea Lopes (Estagiária)