Enapor nega cenário de quebra de rendimento dos estivadores do Porto Grande e não confirma novas contratações em janeiro

A Enapor negou que os estivadores do Porto Grande estejam na iminência de perder ganhos devido ao aumento da contratação de mão-de-obra portuária, como denunciou o sindicato Sistcepp no dia 28 de novembro. Confrontado com a questão, o PCA da empresa salientou que o movimento portuário de contentores cresceu em média 11.7% e que, ao contrário da declaração prestada pelo líder sindical Jailson Aguiar, o pessoal da estiva registou um aumento dos seus rendimentos. “Todos cresceram em termos salariais, incluindo quem se pronunciou sobre o assunto. E posso enviar os comprovativos”, reagiu o PCA da Enapor, Irineu Camacho, numa referência ao porta-voz do Sistcepp.

O responsável da Enapor confirmou a contratação de 20 estivadores, medida que, diz, não teve nenhum impacto negativo no salário da classe. Isto porque, volta a salientar, os portos, em particular o Porto Grande, registou um aumento de carga. Sobre a possibilidade de a Enapor vir a aceitar mais profissionais da área no mês de janeiro, Camacho salientou que a gestão portuária é um desafio e que, se houver essa necessidade, a empresa irá tomar essa medida.

“Sempre que tivermos mais movimento estaremos aqui a analisar dentro das regras a contratação de mais pessoal. Mas não podemos neste momento confirmar que vão entrar mais colaboradores”, frisou o PCA da Enapor, para quem o sindicato deveria mostrar satisfação pela contratação de mais pessoas, e não o contrário. “Estamos a falar de mais emprego para pessoal eventual que almeja entrar para a empresa. Isto é positivo, e não motivo de preocupação”, entende o gestor.

No dia 28 de novembro, refira-se, o sindicalista Jailson Aguiar afirmou que os estivadores do Porto Grande estão a temer uma perda significativa dos rendimentos com a provável contratação pela Enapor de novos trabalhadores do ramo no mês de janeiro. Segundo o presidente do  Sistcepp, a administração portuária contratou recentemente 21 estivadores e pretende meter mais 20 em janeiro, cenário que vai impactar negativamente no salário da classe. Jailson Aguiar argumentou que neste momento não há movimento no Porto Grande que justifique o reforço dessa mão-de-obra.

Estas informações foram agora contrariadas por Irineu Camacho, PCA da Enapor, ao ser confrontado pela imprensa sobre as declarações do presidente do referido sindicato.

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