Em duas operações, PJ detém na Praia 16 pessoas em caso de narcotráfico e um suspeito por falsificação de documentos para visto

A Judiciária apreendeu 107 gramas de cocaína e procedeu à detenção de 16 pessoas na cidade da Praia, ação enquadrada no plano Natal e fim de ano seguro. A droga estava distribuída em saquetas e fragmentos de plástico e foi ainda encontrado vestígios numa balança de precisão.

Conduzida pela Seção de Investigação do Tráfico de Estupefacientes e Criminalidade Organizada, esta operação decorreu no bairro da Várzea e foi suportda por um mandado de busca e apreensão emitido pelo 1. Juízo Crime do Tribunal da Praia. A intervenção, que contou com o apoio da Polícia Nacional, resultou ainda na apreensão de 405 contos bem como diversos equipamentos electrónicos.

Face a estas apreensões, a Polícia Judiciária acabou por capturar 16 indivíduos em flagrante delito, sendo sete mulheres e nove homens com idades que vão dos 21 aos 56 anos. Todos foram indiciados por um crime de tráfico de drogas de alto risco e um delito de conversão, transferência ou dissimulação de bens ou produtos, em coautoria.

Todos os envolvidos têm nacionalidade cabo-verdiana e residem no bairro da Várzea da Companhia. Apresentados ao Tribunal da Comarca da Praia, 4 homens ficaram em prisão preventiva e os restantes obrigados a apresentação periódica e interdição de saída de C. Verde. A PJ informa que a operação faz parte do plano de segurança para esta quadra festiva e que continuará a ser implementado nas próximas semanas.

Numa outra operação, desencadeada igualmente na Capital, a PJ deteve em flagrante delito um homem natural de São Tomé por falsificação de documentos num esquema de obtenção de vistos de longa duração para Portugal. O suspeito elaborava contratos, extratos bancários, declarações de vencimentos, etc., com recurso a carimbos falsos de serviços públicos e privados. Este serviço, conforme a polícia científica, configura crime de falsificação de documentos, uso de documentos falsos, burla e auxílio à emigração ilegal.

Durante a operação, a PJ apreendeu no suposto escritório do arguido centenas de documentos, incluindo várias fotografias tipo “passe” (carinha) de supostos clientes, dezenas de documentos relacionados com agendamentos e pedidos de vistos para a Europa, extratos de bancos comerciais, sete passaportes ordinários de Cabo Verde em nome de terceiros, 95 contos, 3 computadores portáteis, um computador de mesa, um tablet e outros materiais.

Além disso, foram apreendidos 19 carimbos e 6 selos brancos de instituições públicas e privadas, incluindo a Câmara de Santa Catarina, o serviço DHL, Ministério da Educação, INPS, VFS Global, Câmara da Praia, ASA, Banco Interatlântico, BCN, Caixa Económica e BCA. Natural de São Tomé e Príncipe, o detido tem nacionalidade cabo-verdiana e residia em Palmarejo. Ficou a aguardar julgamento em prisão preventiva.

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