Dois ex-trabalhadores exigem da empresa Sepricav o pagamento das férias ou recorrem a tribunal

Dois ex-trabalhadores acusam a Sepricav de negar pagar-lhes o valor das férias e ponderam acionar os tribunais contra esta empresa de segurança privada, em S. Vicente. Ambos saíram da empresa faz cerca de 3 meses, mas, segundo o sindicalista Heidy Ganeto, continuam à espera de receber aquilo a que têm direito. Num dos casos, a Sepricav deve ainda 14 dias de serviço prestado.

“Hélder Dias e Nelito Santos saíram da Sepricav há cerca de 3 meses. O primeiro foi despedido na sequência de um processo-disciplinar, o segundo porque encontrou uma proposta de trabalho mais vantajosa. Entretanto, Hélder ficou de receber o montante das férias e Nelito tem direito às férias e a 14 dias de trabalho, que a Sepricav nega pagar”, denuncia Heidy Ganeto, delegado do sindicato Siacsa em S. Vicente.

O caso foi debatido entre o presidente do Siacsa e o dono da Sepricav na Cidade da Praia, mas, segundo Ganeto, a situação continuou igual, apesar das promessas. Além disso, recorreram à Direção-Geral do Trabalho, que fez uma mediação entre as partes, mas que, também, não serviu de nada. “Por isso resolvemos expor publicamente a Sepreicav através da comunicação social e chamar a empresa para assumir os seus compromissos”, diz Heidy Ganeto, para quem os ex-trabalhadores não podem ficar eternamente à espera da decisão da empresa, que anuncia datas e nunca as cumpre.

Ganeto afirma que esta postura tem sido uma prática recorrente da Sepricav, que nega pagar as férias quando há ruptura contratual e, se o faz, atribui normalmente metade do montante. E assegura que a Direção-Geral do Trabalho está ao corrente do assunto. Desacreditados na empresa, Hélder Dias e Nelito Santos ponderam levar o caso a tribunal.

Ex-delegado sindical do Siacsa na Sepricav, Hélder Dias foi despedido, segundo Ganeto, devido a um desentendimento que teve com um colega no posto de trabalho. Ambos foram alvos de um processo-disciplinar, que culminou com o despedimento de Hélder e a aplicação de uma multa de dez dias ao outro envolvido. Para Hedy Ganeto, ocastigo aplicado a Hélder constitui um ataque ao sindicato e uma perseguição ao ex-trabalhador.

O Mindelinsite fica aberto para divulgar a reação da Sepricav a esta matéria, se for do interesse da empresa.

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