O processo de evacuação de Sónia Andrade, 33 anos, portadora de Neuromielite Óptica, está a correr os seus trâmites normais e a videoconferência solicitada pelos médicos de Portugal para análise do seu caso clínico foi realizada. Este é o esclarecimento dado pela directora do Hospital Baptista de Sousa sobre os aspectos denunciados pela paciente, ao ser abordada pela reportagem do Mindelinsite.
“Na sequência do contacto do jornal Mindelinsite conseguimos recolher algumas informações dentro do pouco tempo que tínhamos disponível. Prometemos aprofundar a nossa investigação, mas o que podemos avançar neste momento é que o processo dessa paciente está a correr os trâmites normais. Além disso, e contrariamente ao que ela diz, foi sim realizada essa reunião por videoconferência solicitada por Portugal”, reagiu a PCA do estabelecimento hospitalar, que evitou, no entanto, adiantar uma data provável para a evacuação. Reforça que fez um apuramento rápido das informações possíveis e lembrou que a evacuação é um acto que depende muito da disponibilidade de Portugal.
De todo o modo, Helena Rodrigues assegurou que vai abordar a Junta Médica de Barlavento para se inteirar do estágio do processo e ver como será possível acelerar o caso. Entretanto mostrou-se satisfeita por saber que Sónia Andrade registou melhoras, sinal que, para ela, deve estimular ainda mais os cuidados a serem dispensados à paciente.
Confrontada com a informação avançada por Sónia Andrade, segundo a qual o seu processo de evacuação foi suspenso porque começou a registar melhorias, a directora do HBS diz estranhar que isto corresponda à realidade dos factos. Para ela, se a paciente mostrou sinais de recuperação é mais um incentivo para ser apoiada, e não o contrário.
A finalizar, Helena Rodrigues sublinhou que o processo de evacuação de Sónia Andrade não foi cancelado e promete conhecer mais a fundo a sua situação clínica e administrativa para ver o que pode ser feito para ajuda-la a continuar o tratamento.
Sónia Andrade sofre de Neuromielite Óptica, uma doença rara e grave, e há um ano perdeu a visão do olho direito. O medo dela é que venha a ficar completamente cega, se não for evacuada de imediato.
