Alunos, professores e funcionários da Universidade do Mindelo em São Vicente estão desde o início da manhã desta quarta-feira, 01 de dezembro, a fazer despiste do VIH, no quadro do projecto FEVE – Fronteiras e Vulnerabilidades Face ao VIH Sida, em parceria com o Comité de Combate a Sida e a Cruz Vermelha de Cabo Verde. Esta actividade insere-se nas comemorações do Dia Mundial de Luta Contra a Sida, que se assinala hoje.
O despiste em curso na Universidade do Mindelo é a primeira de uma série de actividades que vão ser desenvolvidas ao longo desta semana em São Vicente que irão abarcar ainda os militares, seguranças e policiais, ou seja os profissionais de farda. “Vamos fazer despistes do HIV e levar alguns profissionais da área da saúde para proferir palestras. É uma forma de não deixar este dia passar em branco”, explica o assistente social Boryss Monteiro.
Tanto a Morabi como a Cruz Vermelha, diz, fazem despistes e consultas nas comunidades ao longo do ano, no quadro do projecto FEVE. Normalmente abarcam grupos específicos, designadamente usuários de drogas, trabalhadores do sexo e homossexuais. Mas hoje, em comemoração do Dia Mundial da Luta Contra a Sida, decidiram incluir um público mais jovem. “Viemos hoje à Universidade do Mindelo e, ao longo da semana, iremos deslocar a outras universidades da ilha. Estamos a fazer despistes em alunos, professores e funcionários.”
E a adesão superou as expectativas iniciais, de acordo com Boryss Monteiro, sendo que durante a entrevista estavam na sala de conferência a acompanhar uma palestra com a médica Dulce Mascarenhas, que trabalha no projecto FEVE, pelo menos 50 jovens. “Esperamos abarcar entre 60 a 70 pessoas, sobretudo alunos do 1º ao 4º ano até às 13 horas. E a resposta é resposta ao teste de despiste é imediata, fica pronto em apenas 15 minutos.”
Todos passam por um pré-teste em que lhes-é explicado todo o processo, de seguida são preparados para a resposta e, dependendo do resultado, fazem um pós-testes, sendo que este último é feito por um médico ou psicólogo. O projecto FEVE garante ainda o seguimento, consoante a resposta.
